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Diante de uma tragédia, uma missão de solidariedade

Militares do Corpo de Bombeiros de Goiás relembram os dez dias de trabalho em Brumadinho (MG).

Uma equipe do  1º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás foi deslocada para colaborar na busca de pessoas desaparecidas e no resgate das vítimas da tragédia de Brumadinho (MG), ocorrida, no dia 25 de janeiro, após o rompimento da barragem de contenção de resíduos da Mineradora Vale.  O grupo foi um exemplo de coragem, determinação, fé e amor ao próximo.

O cabo Ricardo Dias dos Reis contou que o grupo saiu de Goiás de manhã e chegou em Minas Gerais próximo à meia noite. “A união que já se encontrava no local era muito grande. Chegamos e ainda estávamos procurando onde era o posto de comando, nos inteirando da situação toda, e a população nos recebeu muito bem, já ofereceram comida e abrigo. Aquilo foi bem marcante!”, lembrou.

O sargento Vinícius Veloso Portela de Araújo também estava na equipe e disse que enquanto esteve por lá, a única preocupação era ajudar: “A gente não tinha muito tempo para pensar, tínhamos que agir. Então, ficávamos empenhados o dia todo, naquela ansiedade de achar corpos. Foram grandes perdas e queríamos ajudar a dar o mínimo de alento para os familiares. Então, ficamos envolvidos naquilo ali e esquecíamos de todo o resto”.

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O grupo se voluntariou e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais aceitou o apoio. “Foi necessário, tendo em vista a magnitude da tragédia e era preciso várias equipes para poder amenizar a dor daquelas famílias”, ressaltou o tenente Thiago Wening.

Com o rompimento da barragem, a lama destruiu o prédio e o refeitório da mineradora, além de pousadas, casas e vegetação na região. Para os goianos foram dez dias de trabalho e situações de alto risco. “A gente estava lá trabalhando, deslizando naquela lama, rastejava, às vezes, por dez metros na lama, passando sede. Por mais que tínhamos todo o suporte logístico, mas desgastava muito, não conseguia almoçar pela intensidade do serviço. Mas ver aquelas famílias ali, todos os dias cedo, acompanhando o nosso trabalho até o fim, utilizamos da empatia, nos colocamos no lugar daquelas pessoas e a dor que eles sentiam, canalizamos para nos motivar, para trabalhar com mais vontade, mais gás, para poder dar respostas para aquelas famílias”, comentou o tenente Thiago.

No local, trabalharam mais de 250 bombeiros e 22 cães farejadores em busca das mais de 300 vítimas no desastre. “Os cães são uma ferramenta excepcional. Eles conseguem fazer uma varredura em média por 50 metros, o que 30 homens fariam. Então, o cão consegue fazer no menor tempo possível”, explicou o tenente.

De volta à Goiânia, eles guardam na memória os intensos dias vividos em Brumadinho, um trabalho que marcou a vida de cada um deles. “Os pontos positivos que trouxemos são relacionados à solidariedade. Sempre se doar em prol do próximo! No trabalho que fizemos, e vendo todas aquelas pessoas, a unificação de forças entre militares, civis e parentes das vítimas. Todos trabalhando juntos. Isso é o fica para o nosso dia a dia e esperamos que isso não seja só em tragédia”, concluiu o tenente Thiago.

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