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Sempre é tempo de refletir e estudar a Bíblia

Setembro foi escolhido como o Mês da Bíblia em homenagem a São Jerônimo, celebrado no próximo dia 30.

DESTAQUE_FAMILIA_MES_DABIBLIA_27_09_14Desde 1971, a Igreja no Brasil celebra o Mês da Bíblia em setembro. É um período em que se busca promover o diálogo entre a Palavra, as pessoas e a comunidade. A escolha do mês tem origem no Dia de São Jerônimo, celebrado em 30 de setembro. Segundo o Missionário Redentorista, Pe. João Paulo Santos de Souza, São Jerônimo foi um dos padres da Igreja que colocou no centro de sua vida a Bíblia.

“Ele a traduziu no século IV do original para o latim a pedido do Papa Dâmaso, elaborando assim a versão da Bíblia chamada ‘Vulgata’, que do latim quer significar uma versão de divulgação para o povo e foi utilizada pela Igreja por muito tempo”, conta. Além de traduzi-la, o religioso a comentou em suas obras e se esforçou para vivê-la concretamente em sua vida.

A Bíblia é vivida e celebrada durante todo o ano litúrgico da Igreja. “Mas, com o desejo de despertar no coração de cada pessoa que crê o interesse por aprofundar e mergulhar no mistério da Escritura Sagrada, a Igreja propõe que se celebre o Mês da Bíblia, como uma ocasião especial, intensa, com o intuito de que ela se torne uma luz, uma orientação, para a vida inteira”, explica Pe. João Paulo.

Este ano, a Comissão Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dá seguimento à proposta de estudar os quatro Evangelhos. Em 2013, o livro estudado foi o de Lucas. Agora é a vez do Evangelho de Mateus. Com o lema “Ide, fazei discípulos e ensinai”, o objetivo é a reflexão e vivência do discipulado missionário. É criar a convicção de que a missão da Igreja está alicerçada na Escritura Sagrada.

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O Evangelho de Mateus

Na história do cristianismo, esse é o livro bíblico mais popular, presença fundamental na Igreja, que sempre o propõe na liturgia e na catequese. De acordo com Pe. João Paulo, o Evangelho de Mateus possui uma riqueza de citações e alusões ao Antigo Testamento e, nesta direção, se entende a importância dada aos cinco primeiros livros bíblicos (Pentateuco) que constituem a “Lei por excelência”.

O religioso explica que os ensinamentos de Jesus Cristo nesse livro são agrupados em cinco grandes discursos. O primeiro apresenta o Sermão do Monte, mostrando que o Filho de Deus não veio abolir a lei de Moisés, mas trazê-la a sua plenitude. No segundo discurso, o tom é mais missionário. O Reino é proclamado, aceito por uns e rejeitado por outros. Em parábolas, o terceiro discurso descreve o crescimento lento do Reino, mas constante na história. No quarto discurso, a Igreja se torna o sinal do Reino enquanto caminha na história. Assim, no quinto discurso, Mateus enfatiza que é verdade que a Igreja é sinal do Reino na história, mas também espera pela plenitude da salvação final. “Podemos arriscar dizer que o protagonista por excelência no Evangelho de Mateus é Jesus e a intenção do evangelista é mostrar o significado salvífico da Sua Pessoa e da Sua Palavra. Jesus é o Mestre, o novo Moisés, superior ao antigo, o Profeta, portador da última e definitiva Palavra de Deus”, salienta o padre.

Vivenciando a Palavra de Deus

Feliz aquele que encontra seu prazer na lei do Senhor e na sua lei meditada dia e noite (Sl 1,2). Embora a maioria das famílias cristãs tenha a Bíblia em casa, poucas tiram um tempo para lê-la. Um dos livros mais antigos e conhecidos, a Bíblia evidencia traços significativos na história da humanidade, trazendo uma mensagem que deve inspirar e alicerçar a vida.

Para padre João Paulo, é na Bíblia que encontramos a nossa identidade. “Quando lemos a Bíblia, entramos em contato direto com a Palavra de Deus, e isto é algo grandioso, porque a Bíblia é o livro da fé, portanto quem crê precisa conhecê-la”, ressalta.

Estabelecer como rotina a ato de ler a Bíblia é importante para a construção espiritual do cristão, um hábito que precisa ser praticado diariamante. Para isso, Pe. João Paulo ensina que, o primeiro passo, é a decisão de reservar esse tempo exclusivo para leitura e reflexão. “Pode-se começar por acompanhar, ler e meditar os textos sugeridos pela liturgia da Igreja”, sugere.

Ele explica ainda que “é preferível escolher uma parte menor do texto para ler e meditar com atenção cada detalhe, a fazer uma leitura mais longa e desatenta”. Outra orientação aponta para a necessidade de também ouvir os outros e, por isso, considerar a criação de grupos de leitura e reflexão da Palavra.

Segundo o padre, não há um modelo de leitura da Bíblia. Nesse sentido, cada filho e filha do Divino Pai Eterno deve encontrar um meio, de acordo com suas condições, para estar sempre em contato com as Escrituras Sagradas. “Uma orientação indispensável é a de não ler a Bíblia como um texto qualquer, mas como Palavra de Deus, como livro que contém uma verdade de salvação”, conclui.

DESTAQUE_FAMILIA_MES_DABIBLIA_002_TXT_27_09_14Como surgiu a Bíblia?

A Bíblia tem sua origem em uma variedade de tradições orais que aos poucos foram agrupadas e escritas. É a história de uma experiência humana de vários séculos. O texto sagrado se formou em ambientes, civilizações e culturas diferentes. É nessa formação lenta que se explica a presença de gêneros literários tão diferentes. Dividida entre Antigo e Novo Testamento, a mensagem é apenas uma: a aliança. “No Antigo Testamento esta aliança alcança expressão máxima no Monte Sinai quando Deus revela suas Leis, o Decálogo; e no Novo Testamento, a aliança toma expressão máxima no Calvário, com o sacrifício de Jesus e Sua ressurreição. Aliança não é nada mais que uma relação de amor entre Deus e a humanidade”, assegura Pe. João Paulo Santos de Souza.


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