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Não invocar o Santo Nome de Deus em vão: uma demonstração de respeito ao Pai

Com o intuito de ressaltar e conhecer um pouco mais sobre os desejos […]

Com o intuito de ressaltar e conhecer um pouco mais sobre os desejos de Deus, o Jornal Santuário, na edição passada, deu início a uma série de reportagens sobre os Dez Mandamentos e abordou o primeiro deles: “Amar a Deus sobre todas as coisas”. Nesta edição, o segundo mandamento: “Não invocar o Santo Nome de Deus em vão”, compreendendo a Lei de Deus e a importância de firmar a aliança de amor com o Pai Eterno.

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (CIC), o segundo mandamento: “Não invocar o Santo Nome de Deus em vão”, pertence ao primeiro capítulo dos Dez Mandamentos conhecido como: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos” e é um mandamento que destaca a importância de honrar o Santo Nome de Deus, bendizendo -O, louvando -O e glorificando-O.

No Evangelho de Mateus encontra-se a oração do Pai Nosso, que o CIC classifica como a que está no centro das Escrituras. Ela se inicia assim: “Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o vosso nome…” (Mt 6,8-9). Observando o segundo trecho – “… santificado seja o vosso nome…” – e reconhecendo o significado e a grandiosidade dessa prece, é possível mensurar a importância de amar e bendizer o nome de Deus, cumprindo assim o segundo mandamento.

Para padre Joaquim Cavalcante, Missionário Redentorista, “Não invocar o Santo Nome de Deus em vão” implica em uma vivência concreta de amor com o Pai Eterno, uma vez que pronunciar em vão, supõe-se uma relação superficial com Ele. “O segundo mandamento sublinha a primazia de Deus em toda relação de fé. Dizer: ‘creio em Deus’ é dizer que Ele é o único bem e não pode ser banalizado. Deus é Santo e fonte de toda santidade, ninguém pode abusar da divina majestade. O nome é a pessoa”, explica.

No livro do Êxodo (Ex 20,7), a ordem imperativa para não pronunciar o nome de Deus em vão vem precedida de outros ‘nãos’ e termina dizendo que o Senhor ‘não deixará impune aquele que pronunciar Seu nome em vão’, mas o texto sagrado não menciona o tipo de punição.

Pronunciar o nome do Senhor

É comum, no dia a dia, falar expressões como “meu Deus!” ou “ai meu Deus do céu!”, e muitos perguntam se essas são formas de dizer o nome de Deus em vão. Questionado sobre esse assunto, padre Joaquim lembra as palavras de Santo Agostinho que diz: “o nome de Deus é grande lá onde for pronunciado com o respeito devido à sua grandeza e à sua majestade. O nome de Deus é Santo lá onde for pronunciado com temor de ofendê-lo”.

O sacerdote completa ressaltando que dizer essas expressões, é mais uma confissão afetivo-cultural de fé. É afirmar, onde quer que se encontre, que Deus está no céu como no pensamento e na boca de quem fala. E explica que “é nesse sentido que ‘o nome de Deus é grande lá onde for pronunciado’”.

Com o objetivo de agradar ao Pai Eterno, muitas pessoas procuram saber o modo correto de tratar Seu nome para honrá-Lo e santificá-Lo e, mais ainda, como se proceder ao ouvir alguém maldizendo o nome ou as coisas de Deus. Sobre isso, padre Joaquim destaca o livro de Zacarias (Zc 2,17), que diz que diante do Senhor resta uma única atitude por parte do ser humano: o silêncio, a adoração. O uso do nome de Deus deve ser feito para bendizê-lo, louvá-lo e glorificá-lo.

“Diante do nome do Senhor todo joelho se dobra em silêncio e adoração. A meu ver, esse é o modo mais correto de tratar e se relacionar com o mistério eterno transcendente e fascinante, o Deus Uno e Trino, amor e bondade inefável”, disse.

Em relação a defender o nome de Deus, o sacerdote explica que “corrigir quem está errado não só é uma virtude como é uma obra de caridade. Dependendo de quem estiver pronunciando o nome de Deus em vão ou do momento, a correção deve ser feita ali. Caso contrário, pode ser feita em outra oportunidade. Contanto que o faça, pois o cristão nunca deve ser omisso. Silenciar por prudência é virtude, por omissão é pecado”, destaca.

Pecados contra o nome de Deus

Blasfêmia e perjúrio são pecados graves contra o Santo nome de Deus. Segundo o padre Joaquim Cavalcante “a blasfêmia é um ultraje dirigido à pessoa ou coisa santa. Quem blasfema contra Deus insulta e afronta a dignidade divina”, desse modo quem comete uma blasfêmia é chamado de blasfemo e é aquele que difama o sagrado, não tem respeito nem reverência diante do mistério e o ofende sem escrúpulo com palavras ou atitudes. O Catecismo da Igreja Católica ensina que “a proibição da blasfêmia se estende às palavras contra a Igreja de Cristo, os santos, as coisas sagradas” (CIC, 2148).

De acordo com o sacerdote, o pecado do perjúrio está em usar falsamente o nome divino e, consequentemente, estabelece uma relação falsa e superficial com Deus. “O juramento falso é reprovado por Deus. Jurar é invocar a Deus como testemunha do que se diz ou do que se faz. E como pode alguém invocar a verdade divina para garantir uma mentira? Jurar falso é pecar por incoerência e falta de temor para com a verdade absoluta e eterna”, explica.

O CIC destaca que, “abster-se de fazer juramento é um dever para com Deus. Como Criador e Senhor, Deus é a regra de toda verdade. A palavra humana está de acordo com Deus ou em oposição a Ele que é a própria verdade” (CIC, 2151). Desse modo, segundo o Missionário Redentorista, o santo temor de Deus suscita na consciência do fiel o discernimento para não invocar o nome de Deus para testemunhar contendas humanas.

O sacerdote finaliza dizendo que, para ele, a melhor forma de cumprir o segundo mandamento é procurar viver intensamente o primeiro. Isto é, amar a Deus sobre todas as coisas. “Pronunciar o nome do Senhor em vão, para mim, é falta de primazia e autenticidade no amor. Deus é amor e quem ama permanece em Deus. Portanto, a melhor maneira de cumprir o segundo mandamento é amar a Deus e amá-lo sempre no irmão que vemos, ou que passa, ou está ao nosso lado”, diz.

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