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Santificar os domingos e festas de guarda: buscar a Cristo em comunidade

É vontade de Deus, que seja dedicado a Ele um dia da semana, […]

É vontade de Deus, que seja dedicado a Ele um dia da semana, de forma especial. No livro do Êxodo (Ex 20,9-11), quando os mandamentos foram instituídos, o Pai disse: “Trabalharás durante seis dias, e farás toda a tua obra. Mas no sétimo dia, que é um repouso em honra do Senhor, teu Deus, não farás trabalho algum, […]. Porque em seis dias o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo o que contêm, e repousou no sétimo dia; […].”

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica (CIC), “os cristãos santificam o domingo e as festas de preceito participando na Eucaristia do Senhor e abstendo-se também das atividades que o impedem de prestar culto a Deus e perturbam a alegria própria do dia do Senhor ou o devido descanso da mente e do corpo. São permitidas as atividades ligadas a necessidades familiares ou a serviços de grande utilidade social, desde que não criem hábitos prejudiciais à santificação do domingo, à vida de família e à saúde” (CIC 2177).

O padre João Otávio Martins, Missionário Redentorista, afirma que para o fiel católico que entende a importância de viver a Palavra de Deus em seu cotidiano, ir à missa torna-se uma necessidade para a escuta e prática da Palavra. “Esta se torna luz para o nosso caminho, alimento para a vida diária, esperança e alegria para a família que necessita, a todos os momentos, da orientação da Igreja. Na homilia do padre, todos os que estão na igreja e a escutam com atenção, durante a semana terão um alimento para a vida”, diz.

Conforme explica o Catecismo, a Igreja orienta para que todas as pessoas façam o esforço de irem até a comunidade mais próxima em busca da comunhão com Cristo e os irmãos. “A Eucaristia do domingo fundamenta e sanciona toda a prática cristã. Por isso os fiéis são obrigados a participar da Eucaristia nos dias de preceitos, a não ser por motivos muito sérios. Ex.: uma doença, cuidado com bebês ou dispensados pelo próprio pastor. Aqueles que deliberadamente faltam a esta obrigação cometem pecado grave” (CIC 2181).

A escolha do domingo

O dia de sábado recorda o repouso de Deus no sétimo dia da criação, conforme diz o livro do Gênesis: “Tendo Deus terminado no sétimo dia a obra que tinha feito, descansou do seu trabalho. Ele abençoou o sétimo dia e o consagrou, porque nesse dia repousara de toda a obra da Criação” (Gn 1,2-3).

Apesar da instituição do sábado como dia de descanso, conforme o Antigo Testamento, é importante entender que na própria história bíblica houve uma mudança em relação a isso. No Novo Testamento, Jesus traz uma nova perspectiva em relação ao sétimo dia, trabalhando e realizando milagres. “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado; e para dizer tudo, o Filho do homem é Senhor também do sábado” (Mc 2,27-28).

Além disso, no domingo, que é corretamente chamado dia do Senhor, a Igreja celebra a Ressurreição de Jesus Cristo. Pe. João Otávio Martins, explica que “o sábado, representava o término da primeira criação, e foi substituído pelo domingo, que lembra a criação nova, inaugurada com a Ressurreição de Cristo. A partir da Cruz, a Lei não mais tem domínio sobre nós. Com a sua morte, Jesus inaugurou uma nova aliança”.

As festas de guarda

Na doutrina católica, existem ainda as festas de guarda, ou de preceito, que devem ser santificados como se fossem o domingo. Dias em que se celebram os principais mistérios da vida de Jesus: Natal, Epifania, Apresentação no templo, Corpus Christi; da Santíssima Virgem: Santa Maria Mãe de Deus, Imaculada Conceição, Assunção, Visitação; e também dos santos, como: São José, São Pedro e São Paulo.

Os dias de preceitos são datas especiais no calendário litúrgico. Nesses dias, o fiel tem a obrigação de participar da Celebração Eucarística, igualmente ao domingo. Nos dias de preceito, a Igreja coloca como destaque o exercício da evangelização, especialmente em momentos marcantes da história de vida de Cristo; além da devoção aos Santos; e a Nossa Senhora.

“Estamos no terceiro milênio da história cristã. E por isso se torna importante propagarmos a tradição da própria Igreja, fazendo a memória daqueles que anunciaram a Boa Notícia e fizeram conhecido Jesus Cristo crucificado e ressuscitado. É necessário sabermos que hoje somos nós os discípulos de Jesus e temos a mesma missão de anunciar a todas as criaturas a Boa Nova”, ressalta Pe. João Otávio Martins.

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