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Papa: o amor abre as portas da esperança, não o rigor da lei

Cristãos que ficam tão presos à lei que se esquecem da justiça: este […]

1_0_833956Cristãos que ficam tão presos à lei que se esquecem da justiça: este foi o tema da homilia que o Papa Francisco pronunciou durante a Missa celebrada esta manhã na Casa Santa Marta.

No Evangelho do dia, Jesus pergunta aos fariseus se é lícito ou não curar aos sábados, mas eles não respondem. Ele, então, toma um doente pela mão e o cura. Diante da verdade, afirmou o Papa, os fariseus se calam, “mas tramavam contra Ele por trás”. Jesus repreende essas pessoas que “eram tão presas à lei a ponto de esquecerem a justiça”, negando até mesmo a ajuda aos pais idosos com a desculpa de terem dado tudo em doação ao Templo. Mas o que é mais importante? – perguntou o Papa – o quarto Mandamento ou o Templo?“:

“Este caminho de viver presos à lei os afastava do amor e da justiça. Preocupavam-se com a lei e ignoravam a justiça e o amor. E para essas pessoas, Jesus só tinha uma única palavra: hipócritas. De um lado, vão em busca de proselitistas. E depois? Fecham a porta. Homens de fechamento, tão presos ao rigor da lei, mas não à lei, que é amor; e sempre fechavam as portas da esperança, do amor, da salvação… Homens que somente sabiam fechar”.

“O caminho para ser fiéis à lei, sem ignorar a justiça e o amor” – prosseguiu o Papa citando a Carta de São Paulo aos filipenses –, “é o caminho inverso: do amor à integridade; do amor ao discernimento; do amor à lei”:

“Este é o caminho que nos ensina Jesus, totalmente oposto ao dos doutores da lei. E este caminho do amor à justiça leva a Deus. Ao invés, o outro caminho, de ficar presos somente à lei, ao rigor da lei, leva ao fechamento, ao egoísmo. O caminho que vai do amor ao conhecimento e ao discernimento, à plena realização, leva à santidade, à salvação, ao encontro com Jesus. Do contrário, este caminho leva ao egoísmo, à soberba de sentir-se justos, àquela santidade entre aspas das aparências, não? Jesus diz a essas pessoas: ‘Mas vocês gostam de se mostrar como homens de oração, de jejum… mostrar-se, não? E por isso Jesus diz à pessoas: ‘Façam o que dizem, não o que fazem’”.

Com pequenos gestos, Jesus nos faz compreender o caminho do amor ao pleno conhecimento e ao discernimento. Ele nos pega pela mão e nos cura:

“Jesus se aproxima: a proximidade é justamente a prova de que nós caminhos na verdadeira via. Porque é a via que Deus escolheu para nos salvar: a proximidade. Aproximou-se de nós, fez-se homem. A carne de Deus é o sinal; é o sinal da verdadeira justiça. Deus que se fez homem como um de nós, e nós que devemos nos fazer como os outros, como os necessitados, como os que precisam da nossa ajuda”.

“A carne de Jesus” – afirmou o Papa – “é a ponte que nos aproxima de Deus… não é o rigor da lei: não! Na carne de Cristo, a lei se realiza plenamente” e “é uma carne que sabe sofrer, que deu sua vida por nós”. “Que esses exemplos, esse exemplo de proximidade de Jesus, do amor à plenitude da lei – concluiu o Papa Francisco –, nos ajudem a jamais cair na hipocrisia: jamais. É tão feio um cristão hipócrita. Que o Senhor nos salve disso!”.

 

 

 


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