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Quaresma: cristãos sejam ilhas de misericórdia no mar da indiferença

A mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015 foi apresentada na manhã […]

EPA1632137_ArticoloA mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2015 foi apresentada na manhã desta terça-feira (27/01), na Sala de Imprensa da Santa Sé. O tema “Fortalecei os vossos corações” foi extraído do Carta de São Tiago, capítulo 5, versículo 8. O período quaresmal tem início no domingo, 22 de fevereiro.

No texto, o Pontífice reflete sobre a “globalização da indiferença”, que pode atingir três esferas da vida eclesial: a Igreja, as comunidades e cada um dos fiéis.

Escreve o Papa: “Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros, não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar”.

Igreja

Quanto à Igreja, Francisco recorda que no corpo de Cristo não há espaço para a indiferença, citando o Apóstolo Paulo: “Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros”. Estando interligados em Deus, afirma ele, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais alcançar: “rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação”.

Paróquias e as comunidades

Nas paróquias e as comunidades, o Papa sugere que, para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direções. Em primeiro lugar, unindo-nos na oração. Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os incrédulos. “A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens”, escreve Francisco, que faz um apelo: “Amados irmãos e irmãs, tornem-se ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!”.

Fiéis

Por fim, o Pontífice se dirige a cada um dos fiéis, pedindo que não se deixem absorver pela “espiral de terror e impotência” diante de notícias e imagens que relatam o sofrimento humano.

“Não subestimemos a força da oração!”, escreve o Papa, citando a iniciativa “24 horas para o Senhor”, que se celebrará em toda a Igreja nos dias 13 e 14 de março. Além da oração, Francisco recorda que todos podem contribuir para o fim do sofrimento com gestos de caridade, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja.

“A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum.”

Francisco recorda ainda que o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, “porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos”.

Conversão

E conclui: “Para superar a indiferença e as nossas pretensões de onipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do coração. Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença”.

 


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