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Onomástico Papa Francisco. Karcher: “É São Jorge moderno”

A Igreja recorda nesta quinta-feira (23/04), São Jorge e celebra, portanto, o onomástico […]

ANSA569732_ArticoloA Igreja recorda nesta quinta-feira (23/04), São Jorge e celebra, portanto, o onomástico de Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco.

A Rádio Vaticano entrevistou o sacerdote argentino Mons. Guillermo Karcher, membro do cerimonial pontifício e um dos colaboradores mais estreitos do Papa, que o conhece há mais de vinte anos.

Mons. Karcher: “Pensar hoje, neste onosmástico, no Santo do Papa, sendo o seu nome de Batismo Jorge, é bonito, porque quando penso nele e o vejo agir, posso dizer que é um ‘São Jorge moderno’, no sentido que é um grande lutador contra as forças do mal e o faz com um espírito realmente cristão. Nele vejo Cristo que semeia o bem, para combater o mal. Nisso ele é um exemplo, pois o fazia já em Buenos Aires e continua fazendo agora com aquela simplicidade que o caracteriza, que é tão forte, tão importante neste momento do mundo em que é necessária a presença do bem.”

Na Argentina, como cardeal, Francisco se apresentava como padre, como Pe. Jorge. Agora que é Papa, é forte esta dimensão da paternidade sacerdotal?

Mons. Karcher: “Sim, é verdade, mesmo porque ele é um jesuíta, é um padre e continua sendo. Me comove sempre todas às quartas-feiras, quando chegam os argentinos e muitos chamam o Papa Francisco de Padre, Pe. Jorge, Jorge. Realmente se nota a familiaridade, essa amizade que ele semeou durante anos em Buenos Aires, quando caminhava pelas estradas da cidade e ia visitar os lugares mais pobres da periferia da capital argentina. Eles continuam sentido ele próximo e o Papa se alegra e retribui com um sorriso, com um abraço, com um olhar paterno esta saudação que sai do coração das pessoas.”

Francisco tem um grande afeto e imensa popularidade, mas obviamente não faltam as críticas também do mundo católico. O senhor já viu o Papa triste por causa disso?

Mons. Karcher: “Não. São poucas as vezes que alguém faz um comentário assim. Ele sorri e diz: ‘Tudo bem. É melhor, pois assim conhecemos as pessoas’. Ele tem essa liberdade de espírito e essa força interior. Eu penso que seja um ungido pelo Espírito. Leva adiante o ministério confiado a ele pela Igreja para o bem da Igreja e do mundo, e o faz com serenidade e certeza de ânimo.”

O mundo é atraído pela espontaneidade de Francisco, mas no íntimo o Santo Padre é um homem de grande intensidade espiritual, imerso na oração. O senhor pode nos dizer alguma coisa sobre isso?

Mons. Karcher: “Sim, é uma pessoa que modelou, digo isso e reitero sempre, uma forte espiritualidade, porque é um homem de oração, um homem de Deus. Todos os dias ele dedica duas horas, pela manhã quando se levanta, à oração e reflexão. Depois vejo, como membro do cerimonial pontifício, a diferença que existe entre a sacristia antes e depois e a missa antes e depois. Explico melhor: ele é uma pessoa que gosta de cumprimentar todos os seminaristas, os ministrantes, e o faz, como o vemos na Praça São Pedro, com muito afeto. Depois que veste os paramentos litúrgicos, ele muda: vemos ele entrar na basílica ou se dirigir ao altar na praça como um homem de oração, homem concentrado no que está para celebrar, o mistério eucarístico. O mesmo acontece quando sai da nave central da basílica, quando todos chamam por ele: Francisco! Viva! Queremos bem a você! Ele, porém, vai em direção à sacristia. Isso é um exemplo também para o sacerdote, no sentido que nós estamos com o povo, mas quando devemos estar com Deus, estamos com Deus.”

Essas palavras são parecidas com as que o Cardeal Dziwisz disse como secretário de João Paulo II…

Mons. Karcher: “Sim. Posso dar testemunho também de João Paulo II, tendo sido membro ajudante do cerimonial pontifício, naquele tempo. Eles têm em comum essa presença de Deus, que se torna forte no momento oportuno.”

O senhor estava junto ao Papa Francisco na noite da eleição, segurava o microfone no qual Francisco falou pela primeira vez Urbi et Orbi. O que deseja ao seu bispo na festa de seu onomástico?

Mons. Karcher: “Que continue sendo si mesmo, com a sua coerência e transparência. Que continue assim, porque está fazendo tanto bem. Desejo que São Jorge o proteja e que ele continue lutando para o bem, semeando o bem como está fazendo agora.”


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