Apoio Espiritual

Tempo de refletir e planejar

Psicólogo afirma que a fé e a razão devem mover os planos para o novo ano.

NOTICIA_1_2016_12_001Fim de ano e início de um novo ciclo. É um tempo em que naturalmente as pessoas costumam avaliar o que passou e projetar novos sonhos. Quem nunca ouviu falar das famosas listinhas e promessas de fim de ano? Muitas vezes, existem também as frustrações, ao chegar ao fim do ano e perceber que não se atingiu nem a metade do que foi planejado.

Tanto no planejamento espiritual, quanto no campo de outras conquistas, a fé e a razão devem andar de mãos dadas. É o que defende o psicólogo especialista em planejamento e motivação, Cláudio Rogério Vieira Souza. “Quando estou tomado pela razão, não oscilo. A emoção e os sentimentos podem mudar. A razão aliada à fé faz possível alcançar o que se quer”, afirma.

Elton Paulo Gonçalves da Silva tem 20 anos e é sacristão na Paróquia do Divino Pai Eterno, ou Igreja Matriz de Trindade. Ele concorda que a fé, aliada ao trabalho, ajuda a realizar o que se planejou. Para o ano que se aproxima, suas metas são comprar um imóvel e um automóvel. Além disso, ele também faz planos para o seu lado espiritual. No campo da fé, como forma de se aproximar mais do Pai Eterno, ele planeja iniciar um trabalho na Pastoral da Acolhida: “A gente colhe hoje o que plantou ontem”.

É nesse sentido que Cláudio Rogério afirma que o fim de um ciclo, como um ano que se encerra para dar início ao novo que se aproxima, é um tempo propício para traçar um planejamento: “Se eu vou começar um novo ciclo, é importante saber por onde começar”. Em todo planejamento, chama à atenção o especialista, é necessário responder à pergunta: “O que eu quero para mim?”.

Ao fim deste novo ciclo, pode acontecer de a pessoa não alcançar todos os objetivos que foram traçados. Para evitar as frustrações, o psicólogo faz um alerta: “É necessário pensar e priorizar poucas coisas. Ser mais simples e reduzir as expectativas”. Segundo ele, ao pensar em uma avalanche de coisas, as pessoas gastarão muita energia, terão que ter um desempenho maior e, talvez, não consigam realizar tudo; o que pode levar a frustrações.

Por outro lado, Cláudio Rogério alerta que é importante ser muito específico na hora de planejar. Por exemplo, se a meta for construir uma casa, será necessário também responder às perguntas: “Qual o tamanho?”, “Em que local?”. Ao ser mais específico, diz o psicólogo, é possível ter mais clareza e objetividade com os nossos desejos.

Planejamento

NOTICIA_1_2016_12_003Segundo o especialista Cláudio Rogério, o planejamento é composto por duas fases: a tomada de decisão, que corresponde à fase da inspiração; e a fase da transpiração, o trabalho para colocar o plano em prática. Ele afirma que não basta tomar uma decisão, é preciso manter-se firme para colocá-la em prática e rever, ao longo do processo, se ela se mantém. Nesse caminho, é necessário também avaliar se estão sendo usados os recursos mais acertados para alcançar os resultados.

Como as pessoas são muito imediatistas, às vezes, falta paciência para perceber que o resultado e a recompensa só vêm em longo prazo. “Os objetivos e metas não se realizam tão rápidos”, pontuou o psicólogo. Esse contexto faz com que as pessoas se “autossabotem”, desistam, percam a disposição e até mesmo a fé. Para evitar que isso aconteça, o ele sugere o compartilhamento com as pessoas mais próximas sobre o que foi planejado. “Isto cria um maior compromisso pessoal e com quem amamos”, disse.

É importante, ao final do ano, não se deixar abater pela frustração em não ter conseguido realizar o que se planejou. “A frustração nos diz que houve alguma falha ao longo do processo ou até mesmo que o planejamento não tenha sido adequado e realista. Pode ter faltado também manutenção, recursos e direcionamentos”, explica. E completa: “Por que quando eu encontro essas falhas fica mais fácil de alcançar êxodo e sucesso”.

Exemplo disso é o de Alice Bernardes Ferreira. Ela tem 71 anos e, há mais de 20, faz parte da Pastoral do Batismo do Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, também conhecida como Igreja Matriz de Campinas, em Goiânia (GO). No fim de cada ano, ela sempre avalia como foi sua caminhada no plano pessoal e na comunidade, destacando o que deixou de fazer e como foi a sua participação. Segundo ela, nem tudo que se planeja dá certo, porque às vezes pensamos de um jeito e fazemos de outro. “Se não houver misericórdia, muito pode se perder e não dar certo no que foi planejado”, concluiu.

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