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Projeto Olhares da Rua: Crianças retratam realidade em que vivem

Moradores da Comunidade Terra do Sol, em Aparecida de Goiânia (GO), foram escolhidos […]

Moradores da Comunidade Terra do Sol, em Aparecida de Goiânia (GO), foram escolhidos para participar do projeto fotográfico “Olhares da Rua”. A iniciativa teve início em 2015 e foi idealizada por uma goiana, que mora em Londres. “É um projeto em que as pessoas vão fotografar a própria vida. Onde eles vivem, se enxergar como seres humanos. Muitas vezes o dia a dia delas não as deixam se enxergarem como elas são. Nós demos as máquinas fotográficas para elas e elas poderiam tirar fotos de pássaros, coisas bonitas, mas elas fizeram fotos do dia a dia. Então, acho que quando você enxerga o problema, consegue sair dele muitas vezes. Elas acharam isso de se fotografarem, as pessoas e os ambientes. Acho que foi um incentivo para que elas possam ser pessoas diferentes”, explicou Ricardo Maciel, empresário, um dos apoiadores do projeto.

O projeto já passou pelos estados brasileiros como Pernambuco, Rio de Janeiro, além de países como África, Portugal e Inglaterra. Em fevereiro, chegou à Goiás, para fazer uma transformação social. “A Gisele, que é a coordenadora, criadora do projeto, é de Aparecida de Goiânia, e ela já fez em alguns lugares do mundo, do Brasil, e quis trazer também para sua realidade, para sua terra natal e encontrou aqui na Terra do Sol, uma possibilidade de fazer o projeto”, pontuou Marcelo Salvador Storti, publicitário.

A ação contemplou doze crianças da comunidade em cinco dias de atividades. Todas receberam câmeras fotográficas e participaram de palestras e rodas de conversa sobre fotografia, sustentabilidade e comunicação interpessoal. “O objetivo é instruir as crianças carentes sobre fotografia, e mostra a possibilidade delas terem um novo olhar sob sua própria realidade. Além disso, ensina algo que pode vir a ser uma profissão delas no futuro”, ressaltou Marcelo.

Em uma semana foram quase mil fotos. O projeto “Olhares da Rua” já beneficiou 103 pessoas, treinou sete líderes comunitários para continuar a ação, doou 29 câmeras, gerou 28 exposições e participação em renomados festivais. “Vemos um impacto imediato na mudança de ponto de vista deles. A gente já percebe que há um mundo que eles não conheciam, um mundo por dentro das câmeras que eles podem ter um olhar técnico que pode vir a ser uma profissão, e eles mudam o ponto de vista também por ser uma iniciativa privada, são empresas que trazem atenção para a comunidade carente. Trazemos dois opostos, uma classe A, que está se atentando a uma classe bem desfavorecida”, afirmou Marcelo.

As fotografias feitas pelas crianças retratam a realidade em que elas vivem. São necessidades que expressam os desafios do cotidiano, sem deixar de mostrar que independente de tudo ainda sim são felizes. “O público A ao verem essa realidade percebem que tem condição de impactar mais positivamente pessoas que estão mais desfavorecidas. Na verdade, a transformação é muito maior do lado A, que do lado E”, pontuou Marcelo.

Em Goiânia, o projeto conta com apoio de empresários. Quem vestiu a camisa, reconhece a importância de contribuir com o desenvolvimento de quem vive em situação de vulnerabilidade e sabe que essas atitudes podem transformar o mundo. “Quando procuramos ajudar o próximo, que é uma missão nossa aqui na Terra, sentimos satisfação. É uma alegria e para nós isso é muito bom”, concluiu Ricardo.

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