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Qual a diferença entre feriado e dia santo?

Para os cristãos católicos é bem diferente. Tem dias que são especiais para oração e reflexão.

O primeiro mandamento da Igreja Católica é: “Participar da missa inteira aos domingos e outras festas de guarda e abster-se de ocupações de trabalho”.  Geralmente, as pessoas esperam ansiosamente por feriados, principalmente aqueles prolongados, e muitas vezes programam viagens e a diversão é garantida. Mas, você, enquanto cristão católico, já parou para pensar que alguns dias, mesmo com a dispensa dos afazeres e compromissos, são dedicados na verdade a festas litúrgicas? Estes, não são feriados, são os denominados “dias santos”.  Os feriados são datas consideradas importantes socialmente ao país, estado ou município.

De acordo com o Catecismo e com o Código de Direito Canônico, os dias santos com obrigação de participar da missa, além de todos os domingos, são: Natal, Epifania do Senhor, Ascensão do Senhor, Corpus Christi, Santa Maria, Imaculada Conceição, Assunção, São José e Santos Apóstolos Pedro e Paulo. “No domingo e nos  outros dias de festa de preceito, diz o Catecismo, que os fiéis têm a obrigação de participar da missa. Devem se abster de atividades e negócios que impeçam o culto a ser prestado a Deus, a alegria própria do Dia do Senhor e o devido descanso da mente e do corpo. Então, se você precisa trabalhar neste dia, as atividades não podem impedir o culto”, ressalta Pe. Bráulio Maria Pereira, Missionário Redentorista.

Geralmente, boa parte das festas litúrgicas são celebradas no domingo, mas algumas não, como festas de padroeiro, Corpus Christi, dentre outros, independente do dia da semana são dias santos por excelência e não podem ser encarados como um feriado qualquer. Caso o cristão tenha algum motivo justo como enfermidade, ele fica dispensado do compromisso, mas do contrário não. Não se trata de uma imposição é um mandamento que tem como objetivo a santificação dos fiéis, o dia santo deve ser um dia de encontro com Deus.

Na Quaresma e na Semana Santa, os católicos costumam seguir a tradição de guardar os dias, considerados santos. A aposentada Neusa Silva, por exemplo, católica desde a infância, acompanha todas as celebrações da Semana Santa e, guarda a Sexta-feira da Paixão, como um dia especial para oração e reflexão. “É costume de família. Assistimos às missas da programação, mas na Sexta-feira Santa, o dia é santo mesmo. As pessoas confundem muito e aproveitam esses dias, que são para serem guardados, para fazer festa, se divertir, mas para quem é católico, o coração pede para que fiquemos mais contidos, em respeito à história de Jesus Cristo”, afirma.

De acordo com Pequeno Manual para a Semana Santa, publicado pelo Pe. Rafhael Silva Maciel, a pedido da Arquidiocese de Fortaleza, onde é presbítero, a Semana Santa não pode ser entendida como um feriado. “Na verdade, após os quarenta dias de oração e penitência, a Quaresma, a Semana Santa desponta como o desfecho deste tempo favorável à nossa conversão e salvação. Aliás, ela é o ponto de chegada ao qual nos propomos quando entramos na Quaresma”, escreve Pe. Raphael.

Pe. Bráulio Maria Pereira, deixa um conselho. “Aproveitem a Semana Santa, vivam para realmente acompanhar a vida de Cristo no itinerário de sua vida. Não viva apenas como uma tradição da Igreja, mas viva intensamente e deixe Cristo viver em você, como disse São Paulo Apóstolo”, conclui.

 

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