Apoio Espiritual

O que é o TOC?

Conheça os sintomas e o tratamento para o Transtorno Obsessivo Compulsivo.

 

Nesta quinta-feira, 2, o portal Pai Eterno dá continuidade à série de reportagens “Doenças do Corpo e da Alma”. Hoje vamos abordar o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), um adoecimento neurobiológico caracterizado por crises de obsessão e compulsão. De acordo com o psicólogo Shouzo Abe, tudo começa no cérebro, quando começam  comunicações de pensamentos que não são compatíveis com a realidade da pessoa. “Quando se fala em ‘transtorno’ queremos dizer que é algo que obviamente transtorna, ou seja, tira a pessoa do seu local de saúde e vai transtornando sua vida de diversas maneiras”, explica.

Para exemplificar como é o estado da pessoa com TOC, Shouzo utiliza a seguinte comparação: vez ou outra acontece com todo mundo de acordar com uma música na cabeça e ficar pensando nela o tempo todo e isso já provoca um desconforto, uma irritação. Para quem tem TOC o pensamento obsessivo normalmente é voltado a algo nocivo e prejudicial e nunca passa, causando ansiedade e angústia. “Por exemplo, tem alguns casos que a pessoa pode pensar que uma epidemia mundial vai acontecer e terá início na casa dela. Por mais que ela saiba que é surreal este pensamento, ele não vai embora”, pontua o psicólogo.

Para sanar esses pensamentos constantes, a pessoa começa a desenvolver comportamentos para superar o grande incômodo que eles provocam. “No caso da pessoa que pensa constantemente sobre uma epidemia mundial, ela pode começar a lavar as mãos ou tomar banho com muita frequência, usar álcool gel sempre que pegar em algo, não sentar em locais públicos, ficar desesperado se alguém encostar nela. O comportamento compulsivo tende a aumentar a longo prazo”, desta Shouzo Abe. O psicólogo afirma que muitas pessoas chegam a ferir as próprias mãos, a pele, de tanto se limparem.

Tratamento

A maior dificuldade para tratar o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é justamente a dificuldade do seu diagnóstico. “Na maioria das vezes as pessoas têm um diagnóstico tardio, pois demoram a perceber que tais comportamentos deixaram de ser hábitos ou costumes e passaram a ser atitudes inadequadas e prejudiciais”, afirma o psicólogo.

De acordo com Shouzo, a pessoa não tem controle sobre o pensamento e o comportamento, e esses hábitos passam a incomodar e atrapalhar a vida social. “Por exemplo, uma pessoa com o pensamento obsessivo que algo muito ruim vai acontecer com o seu carro se não checar a segurança dele. Ela estaciona o carro, checa o freio de mão, trava, checa as fechaduras, depois abre de novo, repete o processo, checa novamente as travas. Se esta pessoa repete isso toda vez que estaciona o carro, passa 20 minutos checando a segurança, depois meia hora, depois uma hora e isso faz com que ela chegue atrasada no trabalho ou nos seus compromissos, isso se caracteriza como TOC, mas até chegar a este ponto leva um certo tempo”, afirma.

Shouzo Abe afirma que o diagnóstico pode ser feito por um médico psiquiatra ou por um psicólogo, mas ambos devem participar do tratamento. Enquanto o psiquiatra orienta e acompanha a parte medicamentosa, o psicólogo, por meio do processo terapêutico, conduz o paciente a ordem emocional ligada aos pensamentos. “Além disso, é importante destacar que, em qualquer doença, mesmo nas psíquicas, é importante que uma equipe multiprofissional esteja no caso. Por exemplo, um nutricionista para orientar a melhor alimentação, um professor de educação física para avaliar qual o melhor exercício físico para a condição da pessoa, entre outros profissionais”, finaliza Shouzo.

Na próxima quinta-feira, o portal Pai Eterno vai falar sobre a depressão. Você tem alguma dúvida sobre o assunto? Deixe sua pergunta nos comentários abaixo ou envie para o e-mail: [email protected]

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