Catequese

Irmã Dulce: Oito anos de sua beatificação

Saiba mais sobre a história de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, que, em breve, será reconhecida como santa.

Irmã Dulce, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, dedicou seus 77 anos à caridade. Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, a Beata Irmã Dulce nasceu em Salvador em 26 de maio de 1914. Aos 19 anos de idade entrou para o convento e teve uma vida religiosa marcada pelo amor ao próximo. Acometida por um enfisema pulmonar, Irmã Dulce viveu os últimos 30 anos com sérios problemas de saúde, chegou a pesar 38 quilos, e tinha baixa capacidade respiratória.

Mesmo doente, Irmã Dulce não deixou de lado a sua missão e manteve firme sua instituição filantrópica, uma das maiores do Brasil. Irmã Dulce faleceu em 13 de março de 1992. Em 22 de maio de 2011, uma cerimônia realizada em Salvador (BA), anunciou sua beatificação, sendo a terceira religiosa brasileira a ter o reconhecimento. Neste ano, 2019, no dia 13 de maio, o Papa Francisco autorizou a publicação do decreto em que reconhece o segundo milagre atribuído à intercessão da Beata Dulce Lopes Pontes. Portanto, em breve, ainda sem data definida, ela será proclamada a primeira santa brasileira, em celebração de canonizações.

Sobre sua vida e missão religiosa

Quando jovem, Irmã Dulce era torcedora do Esporte Clube Ypiranga e ia ao estádio todos os domingos para assistir aos jogos de futebol com o pai e os irmãos. Jogar bola também era uma de suas brincadeiras preferidas. Aos 13 anos, foi recriminada por uma tia, que disse que este gosto não ficava bem para uma menina. Desde então, ela trocou seus compromissos com o futebol pela Igreja.

O tempo foi passando e Irmã Dulce, tinha como missão a caridade. Acolhia mendigos e doentes em sua casa. Nessa época, sua residência ficou conhecida como “A Portaria de São Francisco”, pela quantidade de pessoas carentes que se aglomeravam no local. Em 1936, ela criou a União Operária São Francisco, primeira organização operária católica da Bahia, que depois deu origem ao Círculo Operário da Bahia. O movimento era mantido com a arrecadação de três cinemas construídos por meio de doações: Cine Roma, Cine Plataforma e Cine São Caetano.

Sempre lutando para ajudar quem precisava, Irmã Dulce chegou a invadir cinco casas na Ilha dos Ratos, em 1937. Expulsa do lugar, ela peregrinou durante uma década, levando os seus doentes por vários lugares. Por fim, em 1949, ocupou um galinheiro ao lado do convento, com autorização da sua superiora, para abrigar os primeiros 70 doentes. Hoje, no local, está o Hospital Santo Antônio, o maior da Bahia.

Irmã Dulce dormiu 30 anos em uma cadeira de madeira para cumprir uma promessa, feita em 1955. Ela pediu que a irmã, também chamada Dulce, sobrevivesse a uma gravidez complicada e ao risco de morrer. O desfecho foi o que ela queria, e por três décadas a promessa foi cumprida. O objetivo era dormir na cadeira até morrer, mas, em 1985, aos 71 anos, seus médicos convenceram a freira a voltar a dormir na cama para evitar mais problemas de saúde.

Em 20 de outubro de 1991, o Papa João Paulo II esteve no Brasil pela segunda vez e fez questão de ir ao Convento Santo Antônio visitar Irmã Dulce, já bastante debilitada em seu leito. Cinco meses depois da visita do Pontífice, os brasileiros choraram a morte do “Anjo bom da Bahia”. No velório, cerca de 50 pessoas desmaiaram e o cenário se dividiu entre pobres e grandes personalidades do país.

Durante a exumação do corpo, em junho de 2010, os representantes do Vaticano e pessoas presentes se mostraram impressionados com a mumificação natural do corpo, mesmo 18 anos após a morte da religiosa. A exumação é a penúltima etapa do processo de beatificação.

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