Apoio Espiritual

Como lidar com as birras de crianças?

Estabelecer limites claros, paciência e carinho são a chave para lidar com esta fase da infância.

Imagem meramente ilustrativa | Web

A partir dos dois anos de idade as crianças começam a ter mais domínio sobre o andar, a fala e enxergam o mundo como um grande lugar de exploração e descobertas. Mas para os pais este salto no desenvolvimento traz muitos desafios, tanto que esta fase é conhecida com a adolescência dos bebês ou “terrible two” (terríveis dois anos, traduzido livremente). Isto ocorre porque as crianças começam a desenvolver e demonstrar suas vontades e gostos. Os pais, por sua vez, têm a função de proteger e ensinar as crianças sobre o mundo e é aí que o conflito se estabelece e as crianças demonstram a sua frustração em forma de birra.

De acordo com Eneida Amorim, gerente de educação infantil da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Goiânia, o mais importante para lidar com esta fase é ter paciência e não subestimar a capacidade da criança. “Nós aplicamos isso na escola e orientamos os pais a praticarem o mesmo: as crianças precisam ser vistas como seres que conseguem compreender o mundo”, destaca.

A educadora também explica que a birra, o choro e o ato de emburrar são atitudes que as crianças não tomam de propósito para magoar os pais e, sim, porque ainda não desenvolveram a capacidade de transformar os sentimentos em palavras. “Nas escolas de educação infantil, por exemplo, as crianças no início, muitas vezes, fazem birra e isto está muito ligado ao medo de estar em um lugar novo, longe dos pais e de casa”, pontua. Por isso, Eneida afirma que a paciência e o diálogo com as crianças é essencial. “Nós, educadores, trabalhamos para que a criança se sinta segura. Mostramos como vai ser a rotina dela na escola, quais serão as atividades, estimulamos a convivência com as outras crianças para que ela se familiarize, participe e entenda o que está acontecendo”, afirma.

Para Eneida, a paciência é a principal virtude e ferramentas dos pais para lidar com as birras e estimular a criança a falar dos seus sentimentos: o motivo de estar triste, de estar frustrada e com raiva. “Com cuidado, paciência e afetividade é possível estimular a criança a se comunicar melhor, refletir sobre o que está sentindo e ensiná-la a solucionar problemas”, explica. De acordo com a educadora, em casos quando a criança não quer dividir um brinquedo com o colega na escola, ela busca explicar e fazer questionamentos. “A gente pergunta para a criança: poxa, só temos uma bola, você e seu colega querem brincar, como que a gente faz para vocês dois brincarem?”, exemplifica.

Por fim, Eneida tranquiliza os pais: “Nessa fase, as crianças ampliam o seu olhar, desenvolvem uma certa independência e os pais precisam deixar claras as regras para que ela se sinta mais segura e compreenda os seus limites”.

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