Foto: arquivo pessoal

Victor Luise é exemplo de quem passou por um trauma, superou as dificuldades e deu a volta por cima. O esporte foi um grande aliado em todo o processo. “Eu estava fazendo 18 anos de idade, atingindo a maioridade e eu perdi a minha perna direita. A partir daí, eu comecei a ver a vida com a perspectiva de que existem dificuldades, podemos passar por dificuldades, elas sempre vão existir, mas é importante superarmos. Graças a Deus, eu consegui superar este trauma. Hoje, com 37 anos, vejo que de certa forma foi até bom ter passado por isso, porque eu consegui me evoluir como pessoa. Hoje em dia, eu estou muito bem, graças a Deus”, relata.

Victor conta que sempre buscou focar em seus sonhos: “Eu como pessoa, ciclista hoje em dia, se eu puder dizer algo para motivar as pessoas, eu diria que temos que acreditar na gente e nos nossos sonhos. Tem até uma frase que eu digo para os meus amigos: Se você é o primeiro que duvida, quem será o primeiro a acreditar? Então, eu me defino como uma pessoa que acredita, e que busca os seus objetivos”, afirma.

A relação do Victor com o esporte é inspiradora. O que o ajudou a superar o trauma que passou na juventude. Após o acidente, ele completou uma faculdade de Gestão de Tecnologia e Informação, mas só se reencontrou mesmo praticando atividade física. “Eu conheci o esporte, meio que por acaso. Eu estava formando, fazendo faculdade de TI e lá tinha uma amiga, que tinha um personal que era técnico da seleção paraolímpica de levantamento de peso, e a partir dela pela indicação desse profissional, eu conheci o esporte paraolímpico. Isso foi em 2014 e de lá para cá, eu sigo no esporte. Deixei o levantamento de peso, que era o halterofilismo, depois entrei em um caminho, que só está me trazendo glórias, o ciclismo”, comemora.

Sua companheira durante várias horas do dia é a bicicleta. Victor conta que o amor não é apenas por uma: “Eu tenho quatro bicicletas. Eu uso duas para competir na modalidade ciclismo de estrada e contra relógio, que é individual; tem a de lazer, que eu gosto de andar na terra, subir morro, e estar com os amigos, uma forma de divertir, sair da rotina; e outra bicicleta é a de pista, que é cedida pela Confederação Brasileira de Ciclismo para a modalidade ciclismo de pista, que eu já tive várias oportunidades de participar. Neste ano, inclusive, já participei na Holanda de um Mundial”.

Foto: arquivo pessoal

O ciclista acabou de chegar de duas etapas da Copa do Mundo, disputadas na Itália e na Bélgica. Vitórias em grandes competições fazem parte dos planos do atleta. “Eu tenho um objetivo muito grande, que é ano que vem participar das Olimpíadas. Estou participando de várias competições internacionais. Digamos que meu segundo sonho é estar nas Olimpíadas, mas antes tem o Pan-Americano, e eu vou ter a chance de representar bem o nosso país, de juntar pontos para a Seleção Brasileira de Ciclismo, para abrir vagas para vários ciclistas estarem participando. Se Deus quiser, que eu seja um deles”, sonha.

Hoje em dia, a vida do atleta gira em torno de bicicleta. “São muitos amigos vindos do ciclismo. É uma relação de amor e fidelidade. Acho que para eu largar essas quatro bicicletas será difícil”, afirma Victor, que também é grato a Deus por tantas bênçãos na sua vida. “A partir do momento que você tem fé, as coisas acontecem, pois até no seu subconsciente você estará sempre buscando e almejando. Então, temos que ter muita fé. Eu tenho fé em Deus e nas coisas que eu faço, nas sementes que eu planto. Eu procuro sempre plantar o bem para colher o mesmo”, conclui.

Que a determinação do Victor Luise seja motivação para todos nós. Que o Divino Pai Eterno o abençoe e ilumine durante os desafios que estão por vir!