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Desafios da imunização

Programa Nacional de Imunizações do Brasil tem a missão de manter as doenças erradicadas por meio da vacinação

O calendário de vacinação das crianças no Brasil começa logo no nascimento. Os bebês de 0 a 6 meses devem ir, mensalmente, aos postos de vacinação para as primeiras importantes imunizações, responsáveis pela erradicação de diversas doenças no Brasil. Hoje, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) é o responsável por realizar políticas públicas de saúde, em especial a vacinação. Graças ao programa, muitas doenças deixaram de aparecer no Brasil, como a varíola e a poliomielite (paralisia infantil).

A farmacêutica Paula Karine Cardoso faz questão de seguir corretamente o calendário de sua filha, Júlia Cardoso, de 6 meses. Para ela, prevenir doenças ainda é o melhor remédio. “Mesmo sabendo que as doenças estão em baixo índice, não custa nada a gente vir e vacinar para evitar o contato dos nossos filhos com esses vírus terríveis”, diz.

Além do calendário da filha, ela está sempre atenta ao dela: “Faço questão de fazer a minha atualização também. Sabemos que, mesmo não existindo algumas doenças no Brasil, se não houver um empenho da população, elas podem vir a aparecer novamente”.

Conscientização

O PNI enfrenta diariamente o desafio de conscientizar as famílias em relação à importância da imunização. De acordo com dados disponibilizados, é possível perceber que, ainda hoje, muitas pessoas deixam de levar seus filhos para completar o cartão de vacinação e não comparecem aos postos de saúde para sua atualização.

Em Goiás, segundo dados parciais fornecidos pela Secretaria de Saúde do Estado, para cobertura vacinal em menores de 2 anos, o Estado atinge o percentual de 82,44%, de imunizações. A coordenadora de Ações e Imunizações da Secretaria, Joice Dornelas, pontua que existe uma queda na procura da vacinação por diversos fatores.

De acordo com ela, o sucesso das ações de imunização causou a falsa sensação de que não há mais a necessidade de se vacinar. Além disso, as notícias falsas na internet e nas redes sociais, somadas ao próprio desconhecimento individual sobre a importância da vacinação e seus benefícios, também contribuem para esse índice.

A coordenadora comenta ainda que outros fatores colaboram para a queda desse índice de imunização. “O horários de  funcionamento  das unidades de saúde estão incompatíveis com a nova rotina familiar e, nos fins de semana, quando estão disponíveis, as salas de vacina estão fechadas”, acrescenta.

Apesar de muitos acreditarem que a vacina é somente para crianças, é importante manter a carteira de vacinação em dia em todas as idades.  É o que orienta Joice Dornelas. “O que falta na população é consciência. As reações que algumas pessoas podem ter com as vacinas são pequenos detalhes frente ao benefício que a imunização trará em suas vidas”, finaliza.

Reportagem de Juliana Nunes

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