Evangelização

Operários iniciam dia de trabalho pedindo as bênçãos de Frei Galvão

Padroeiro da construção civil, o primeiro santo brasileiro é celebrado pela Igreja neste dia 25 de outubro

Para trabalhar com boas energias, operários de uma obra em Goiânia (GO) iniciam o dia entregando suas vidas nas mãos do Pai Eterno. Segundo o encarregado Uander Paula de Oliveira, a iniciativa surgiu em 2012. “Estávamos passando por uma fase muito difícil em uma obra que a gente trabalhava. Então, surgiu a necessidade de tentar agrupar mais as equipes. Era uma equipe muito separada, carpinteiro para um lado, armador para outro e aí nós começamos a fazer oração com o pessoal da estrutura, armador e carpinteiro. Fazíamos só a oração do Pai Nosso, mas sentimos a necessidade de trazer os evangélicos para rezar também, já que tínhamos muitos na equipe. Foi assim que tudo começou”, contou.

No início, os funcionários rezavam apenas a oração que está no centro das Escrituras Sagradas, o Pai Nosso. Os responsáveis pela obra viram a importância deste momento para a rotina no trabalho e decidiram ampliar este tempo um pouco mais. “Vimos a necessidade de dialogar com Deus, um momento para conversar com Deus, expor para Ele a nossa necessidade, o desejo do nosso coração, que é guardar a nossa família que está em casa, os nosso cônjuges, guardar cada trabalhador que aqui está com o seu objetivo de tirar o sustento de sua família. Então, temos o dever de devolver essas pessoas para suas casas sem nenhum acidente, sem doença, pois eles têm filhos, esposas esperando por eles em casa. Então, pedimos a proteção do nosso Deus, pois só Ele pode guardar e proteger cada um de nós, nos dando sabedoria”, explicou Cíntia Dorneles Souza, técnica de segurança do trabalho.

Assim, os colaboradores passaram a ver que a iniciativa refletia de forma positiva na produtividade e no bom relacionamento entre eles. “Essas mensagens que passamos todas as manhãs é extremamente importante. Quando eu digo algo e deixo de exercer, isso cai no esquecimento. Então, todos os dias fazemos questão de repassar essa mensagem para que todos que estão aqui envolvidos estejam engajados neste intuito de segurança, harmonia, pois é uma família que vive aqui”, afirmou Jocilei Silvério de Oliveira.

Alguns já tinham o hábito de fazer uma oração pessoal antes de começar a trabalhar, por acreditar que com Deus as dificuldades do dia a dia são superadas. Um exemplo é o carpinteiro Dácio da Silva Nogueira. “Eu sempre gosto de fazer uma oração, inclusive quando eu cheguei aqui, fui o primeiro a convidar os outros para fazerem parte dessa oração. Temos que amanhecer o dia e entregar nossa vida ao Nosso Senhor, porque é Ele quem nos guia, nos guarda e nos protege”, disse.

O armador Adailton do Espírito Santo da Silva sempre comanda a oração e pede não só por ele, mas também pela sua família e colegas de trabalho. Ele faz questão de entregar a vida de cada um ao Pai Eterno, acreditando firmemente que com Ele corações são transformados. “Desde quando fazemos a oração aqui tivemos muitas mudanças, muitas bênçãos na vida de muitas pessoas. Tinha colega que não serviam à Igreja e agora estão indo, não importa qual a religião que seguem, o importante é que o Deus que seguimos”, comentou.

Neste cenário, os operários lembram de Frei Glavão, o Padroeiro da construção civil. Um grande religioso brasileiro que fundou e construiu o Mosteiro da Luz, que ano depois se tornou  Patrimônio cultural da Humanidade pela Unesco.

O padroeiro dos engenheiros, arquitetos e construtores nasceu no dia 27 de maio de 1739 em São Paulo. De família muito religiosa e rica, ele era conhecido pela generosidade. Entrou para o seminário aos 13 anos, e se destacou na construção civil e na prática cristã. Mesmo com o desejo de ser jesuíta, se tornou franciscano, e foi ordenado sacerdote em 1762.

Entre tantos dons, recebeu a missão de ser confessor. Em um tempo em que construções de Igrejas e conventos de ordem religiosa estavam proibidas em todo Império, ele projetou e começou a construir o Mosteiro da Luz. A construção demorou 28 anos e deu origem ao bairro da Luz, em São Paulo. Nos últimos anos de sua vida, passou a atender o povo, orientar a aconselhar e rezar pelo próximo, além de ensinar as irmãs. Foi canonizado em 2007, por Papa Bento XVI e até hoje seu túmulo é destino de peregrinação de fieis, que vem pedir e agradecer graças recebidas, pela sua intercessão.

Fonte: Afipe

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