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Virtude da caridade: ajudar ao próximo é aproximar-se de Deus

A solidariedade é um dos principais caminhos que leva ao Pai Eterno. Conheça o trabalho social de um grupo de amigos

A solidariedade é uma dos principais caminhos que leva ao Pai Eterno. É por meio de atos de caridade e compaixão que se alcança o céu. Um exemplo de quem tem buscado essa proximidade com Deus é um grupo de amigos de Goiânia (GO) que realiza trabalho social e ajuda a quem precisa com bens materiais e também com amor, carinho e atenção.

A Danyele Braz de Mello, farmacêutica, explica o propósito do grupo: “Gerar amor, comoção nas pessoas que ajudamos. E tudo isso é o que tem trago o intuito de querer fazer sempre mais, de querer ajudar e levar o bem ao próximo”.

O grupo se reúne toda semana para ir a hospitais levar o café da manhã aos pacientes que aguardam atendimento. O engenheiro ambiental Gabriel Lobo é um dos integrantes do grupo e conta como é sua experiência. “As primeiras vezes que eu fui, fiquei bastante emocionado de ver o sofrimento nos olhos das pessoas e isso me fez ser tocado e ver o dom que eu tinha para cuidar de cada um. No início, achei que fosse simplesmente levar café, pão e pronto, mas depois você vai envolvendo naquilo que você faz, sendo tocado pelo Espírito Santo e vai entendendo que Deus te colocou ali por um propósito”, afirmou.

E nessa jornada, eles perceberam que muitas pessoas precisavam de outro alimento: o espiritual. “Entender que as pessoas precisam mais. Uma palavra de força, um carinho, um abraço, afeto e temos visto isso em testemunhos de pessoas que foram abandonadas e estão passando por enfermidades sozinhas. Elas simplesmente agradecem e dizem que era o que precisavam naquele dia”, contou Gabriel.

Outro projeto dos amigos beneficia pessoas em outras situações. “Há alguns anos realizamos visitas mensais em asilos, tentamos auxiliar em algumas necessidades com itens de consumo mesmo como material de limpeza, lençóis, toalhas e levar um pouco de carinho, atenção que é o que eles mais precisam. Continuamos auxiliando essas pessoas com deficiência em uma instituição da Capital e também temos algumas ações que ajuda pessoas em situação de vulnerabilidade. As vezes as pessoas precisam de alimento, emprego, roupa, móveis e tentamos fazer uma corrente do bem para auxiliar essas pessoas”, pontua Nayara Pereira Rezende de Sousa, bióloga.

Independente de quem eles ajudam, a nobre iniciativa tem transformado vidas, inclusive a deles. “Passei por uma fase muito complicada e começar a fazer ação social mudou a minha vida. Você acha que sua vida é ruim, que tem problemas, mas quando vê o problema do outro a gente para de reclamar e passa agradecer, o que é mais importante, reconhece que a vida é maravilhosa. Acho que foi aí que minha vida mudou totalmente, mudou meu jeito de pensar”, conta Danyele.

Para Nayara a experiência também rende bons frutos. “Muda a forma de como você olha o outro, você passa a ter percepções diferentes, passa a ter mais empatia, muda a forma como a gente leva a vida, o que é essencial para a gente vai muito além de algo material. O essencial é ter o amor da sua família”, completa.

É vivenciando a dor do outro que eles entenderam que vieram ao mundo com um propósito. “Eu tenho aprendido muito que não adianta só ir à igreja, temos que ser Igreja e ser é exalar o amor de Cristo para as pessoas, seguir os mandamentos, colocá-los em prática. Acho que o verdadeiro amor de Cristo é você vivenciar a dor do irmão”, afirma Gabriel.

E em meio a tantos atos de caridade fica em evidência o mais importante dos mandamentos: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”, ou seja, ser solidário com os irmãos. De acordo com Pe. Thiago Martins Borges, vigário da Paróquia Nossa Senhora da Libertação, a virtude da caridade é a prática do amor. “Essa virtude anima as outras. Eu tenho fé e esperança porque eu tenho um carinho pelo outro, vejo o outro com carinho porque ele também é filho de Deus. O amor é algo que está no coração, este amor você o tem como uma fonte de vida, a caridade é a prática. Então, primeiro você sente o amor e depois você o faz acontecer na prática com as pessoas”, pontua.

Segundo o sacerdote, quem faz a caridade, faz porque quer, porque tem o desejo de ajudar, e quer se santificar. “A santidade se dá quando a pessoa sai do egoísmo, do individualismo, quando ela exercita sua capacidade, seu modo para que o outro possa viver a sua graça. Ela passa a ter um olhar diferente, passa a pensar diferente, não fica presa nela mesma. Onde há o “eu” demais, tem menos Deus. Por isso, que quem faz caridade passa a se parecer com Deus. Uma pessoa que faz a caridade tem que fazer para que Deus possa ver isso. Ela não pode fazer só para aparecer, pois isso pode passar a ser uma hipocrisia. Quando vemos pessoas ajudando, e vemos veracidade, ela vai porque o desejo dela é ajudar, agir de fato. Em trabalhos pastorais vemos muito isso, as pessoas não buscam aparecer, colocar seus nomes em foco, fazem isso porque acreditam que é uma forma de se aproximar de Deus. Afinal, a fé sem obras, é morta”, conclui Pe. Thiago.

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