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Como lidar com o alcoolismo?

Ex-dependentes dão orientações para lidar e vencer esta doença

O repórter da Tv Pai Eterno, Pedro Henrique Rabelo, foi até a sede dos Alcoólicos Anônimos (AA), em Goiás. Lá ele entrevistou as pessoas que trabalham no local e dependentes em recuperação que contaram a sua experiência para vencer este vício. Para preservar a identidade deles, não colocamos o nome de cada um.

A função dos alcoólicos anônimos é fazer com que os dependentes consigam reconhecer que eles são doentes alcoólatras. A segunda é que ao aceitar esta condição eles precisam de tratamento e sempre frequentar as nossas reuniões, são elas que dão sustentação para que eles permaneçam sóbrios. A sobriedade é individual e a cada reunião o dependente está mais distante do primeiro gole e mais próximo do poder superior. 

Nos encontros existem momentos de reflexões, troca de experiências e orações. Muitos dependentes do álcool tentam parar sozinho, sem nenhum tipo de suporte e não conseguem. Quando aceitam o vício e buscam ajuda eles mudam a sua trajetória. “Quando a pessoa tem a doença quanto mais ela bebe mais ela tem vontade de beber. Daí quando percebe que tem a necessidade de parar e não consegue, o alcoólico entra em desespero e passa a beber ainda mais, perde a noção do viver e a tendência é continuar bebendo até morrer, que quase foi o meu caso”, destaca o diretor do local.

O anonimamento, como o próprio nome diz, é uma característica que faz a diferença para os dependentes e permite que muitos tomem a decisão de buscar ajuda. “O anonimato é uma tradição nosso e, com certeza, é um alicerce espiritual da nossa instituição. É pelo anonimato que conseguimos manter o convívio entre nós e a sociedade. A gente sabe que o alcoolismo é uma doença e que ela pode ter recaídas, pois não tem cura e sim tratamento. O anonimamento funcionou comigo, eu cheguei aqui há dez anos, eu bebia todo santo dia e o dia que entrei para essa irmandade eu nunca mais caí. O que eu posso passar para as pessoas é que não é fácil, é um dia de cada vez, só por hoje, mas é possível”, conta a entrevistada que pediu para não ser identificada.

A fé também tem lugar certo no acompanhamento, faz parte da rotina fortalecer o espírito em busca de se encontrar sem a bebida. “Aqui eu passei a acreditar que existe um poder superior a mim mesmo, que é Deus. Dentro dos nossos princípios tem um deles que aconselha a buscar uma religião, seja ela qual for, após alcançar abstinência, para que possa se reaproximar ou se aproximar da presença de Deus. Onde está Deus tem paz e tem amor”, finaliza o entrevistado que preferiu não se identificar.

 

 

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