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Pe. Pio: legado de amor, coragem e santidade

O Santo enfrentou perseguição, dores na alma e no corpo, mas nada abalou sua vontade de seguir os ensinamentos da Igreja

A virtude da fortaleza brilhou vigorosamente em Padre Pio, e ele bem cedo, compreendeu que o seu caminho haveria de ser o da Cruz. Por isso, logo o aceitou com coragem e por amor a Deus. Durante muitos anos, experimentou, além dos sofrimentos das suas chagas, os sofrimentos da alma, que suportou com serenidade admirável, com profunda humildade e resignação.

A Igreja Católica Romana sempre teve cautela e vigilância em relação a tudo àquilo que excede a explicação humana, particularmente no tocante aos fenômenos sobrenaturais. Por isso, assim que os fatos incomuns ocorridos com o Padre Pio começaram a ser divulgados, a Santa Sé começou a investigar sobre o que estaria verdadeiramente acontecendo.

“Padre Pio, esteve sob necessárias investigações do Santo Ofício e restrições ao seu ministério, não tanto ao Padre Pio, mas ao fanatismo que foi criado em torno de sua pessoa. Padre Pio teve que combater também com a limitação do ministério sacerdotal, com as incompreensões e com estes devotos que talvez o tenham feito sofrer até mais que os seus caluniadores. Porque o excesso de devoção que se transformava em fanatismo não era bem visto pela autoridade da Santa Sé, pelo Santo Ofício”, ressalta Stefano Campanella, diretor da Tele Radio Padre Pio.

As suspeitas contra o Padre Pio cresceram, impulsionadas pelo ódio dos seus difamadores. Em junho de 1922, o Santo Ofício emitiu disposições destinadas a isolar eles dos devotos, proibindo de mostrar as chagas, falar delas ou permitir que elas fossem tocadas. Trocaram seu diretor espiritual, ficando suspenso de toda comunicação epistolar. Proibiram também de responder qualquer carta ou aconselhar quem quer que fosse. Mandaram, ainda, seus superiores afastá-lo de San Giovanni Rotondo, o que acabou não acontecendo.

“Podemos dizer, que Padre Pio foi perseguido pela Igreja durante toda a sua vida até quase à morte, mas sempre amou a Igreja. E quando alguém, para defendê-lo, queria atacar a Igreja com algum escândalo público, Padre Pio dizia: não permito fazê-lo, porque a Igreja, mesmo quando afeta você, é sua mãe e você deve amá-la. E eu creio, na minha convicção pessoal, que Padre Pio ofertou sua vida, ao fim do seu caminho terreno, pela Igreja, quando o Papa Paulo 6º, em julho de 1968, escreveu a Humanae Vitae, aquela famosa encíclica sobre o amor familiar, conjugal etc, reafirmando a doutrina tradicional da igreja, suscitando uma grande onda de oposição, também no interior da Igreja, da parte de alguns bispos, e o Papa estava sofrendo muito. Padre Pio lhe escreveu uma carta, que a encontramos no seu epistolário, na qual, entre outras coisas, encontramos um agradecimento ao Papa por seu ensinamento, que havia transmitido à Igreja e prometendo obediência e docilidade ao magistério, como era tradição na ordem dos capuchinhos. Padre Pio então oferece sua vida pelo Papa e pela Igreja”, relata Frei Carlo Maria Laborde.

A reação de São Pio ao tomar conhecimento de cada proibição, era elevar os olhos ao Céu e se abandonar à vontade Deus. Aceitou tudo com humildade e resignação, ainda que soubesse serem injustas aquelas penas. “Padre Pio morreu oferecendo sua vida ao Senhor pelo bem da Igreja e do Papa. Não obstante tenha sofrido toda a vida, por causa de um tratamento talvez injusto, porém que ele sabia que era uma permissão de Deus, e sabia que só na Igreja se pode salvar e só na Igreja se pode santificar. Portanto, aceitou com humildade e obediência tudo o que a Igreja o comandou” , conta Frei Carlo.

Muitos livros foram escritos sobre as perseguições sofridas por Padre Pio, desmentindo as acusações contra Ele, revelando a má-fé daqueles que o difamaram e relatando os fatos em todos os detalhes. Os sofrimentos físicos provocados pelos estigmas, os esforços quase sobre-humanos do apostado e as calúnias e perseguições que crucificaram a alma dele se reverteram em glória ainda nesta terra.

“A vida de Padre Pio é um espelho da regra franciscana, um espelho do Evangelho. Portanto, a nossa missão é levar Padre Pio, a regra de São Francisco e o Evangelho às casas das pessoas, como fazia Padre Pio com as suas cartas”, comenta Stefano Campanella, diretor da Tele Radio Padre Pio.

Já em 1962, dezenas de Bispos e Arcebispos participantes do Concílio Vaticano II visitaram Padre Pio. Dois anos depois, um comunicado da Congregação para a Doutrina da Fé manifestava ser vontade do então Papa Paulo VI que ele voltasse ao seu ministério em plena liberdade. Quando a multidão de fiéis souberam do fato, correram novamente a San Giovanni Rotondo, com o desejo de ver o Santo Frade e tocar nas chagas das mãos ou ao menos o hábito dele.

Em 20 de setembro de 1968, quando completou 50 anos de sua estigmatização, o Padre Pio percebe que está próximo o seu fim. Às duas horas da madrugada do dia 23, depois de receber a Unção dos Enfermos, com o rosário nas mãos e nos lábios os nomes de Jesus e Maria, sua alma voou ao Céu. Tinha oitenta e um anos. Uma imensa quantidade de pessoas foi venerar aqueles santos restos. As crônicas do convento mostram que lá não aconteceu o funeral, mas o triunfo do Padre Pio. Começava, na eternidade, a vida de um dos Santos mais cultuados atualmente na Itália e no mundo todo.

A voz e os gestos de Padre Pio continuam a ecoar em São Giovani Rotondo. Muitas são as obras fundadas pelo santo ou inspiradas por Ele. Um exemplo é a Casa Alívio do Sofrimento, fundada há 60 anos por padre Pio. Hoje é um dos hospitais mais importantes da Itália, pela extensão e equipamentos de última geração. A unidade de saúde atende cerca de 50 mil pacientes por mês de diversas partes da Itália.

“Padre Pio abraçou a ideia e começou a difundir entre os seus filhos espirituais e em poucos dias, um grupinho dos filhos, reuniu um comitê com a ideia de realizar este desejo de Padre Pio: construir um novo e grande hospital, com critérios de modernidade, mas, sobretudo com a ideia de dar aos doentes um clima de familiaridade e de assistência amorosa a poucos passos do convento. Rapidamente, foi dado o encargo a um arquiteto da província de Napoli, mas não foi realizado tão logo, porque em 1940 a Itália entrou na segunda guerra mundial. Todo o projeto ficou suspenso, bem como a doação das ofertas,  e o início do hospital só se deu em 1947, durando 9 anos a sua construção. E, em 5 de maio de 1956, foi inaugurado com uma missa presidida por Padre Pio”, ressaltou Stefano.

Outra obra que nasceu inspirada em difundir a mensagem do Evangelho por meio dos ensinamentos e da experiência de São Pio de Pietrelcina é a Tele Radio Padre Pio. Um canal de Televisão e um de rádio de inspiração católica transmite o sinal em rede com a emissora nacional Padre Pio TV que também transmite via satélite na Europa e na região do Mediterrâneo. “Então, a nossa atividade não é outra que não a continuidade do ministério do Padre Pio na direção espiritual. De fato, o símbolo da nossa TV contém parte das cartas de Padre Pio, porque se quer indicar a missão da nossa TV, que é o que fez Padre Pio pelas suas cartas”, conclui Stefano.

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