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Mulheres se dedicam ao próximo e são inspiração dentro da Igreja

Elas se dedicam ao trabalho na Pastoral de Rua e se sentem cada vez mais próximas do amor de Deus

A Igreja conta com mulheres fortes espalhadas por todo o mundo. A Regina Teixeira tem uma bela história à frente da coordenação da Pastoral de Rua. Uma mulher forte, esposa, mãe, filha e que ainda encontra tempo para se preocupar com os moradores de rua em Goiânia (GO). “O que me dá força e coragem para fazer este trabalho é Jesus. Porque sem Ele a gente não consegue. É Nele que vemos o nosso irmão caído, abandonado nas ruas de nossa cidade”, explica a coordenadora.

Regina tem uma inspiração: a história da única santa brasileira mexeu com o seu coração há cerca de 10 anos, o que a inspirou a realizar o trabalho com os pobres. “Eu me aprofundei bastante no conhecimento da Santa Dulce dos Pobres. Eu comecei a estudar profundamente sobre os legados que ela deixou. Ela era uma mulher sensacional, fantástica, que fez tudo pelos mais necessitados. Ela não queria saber se era bandido, ladrão. Ela ajudava qualquer um”, comenta.

A Regina está no grupo Filhos e Filhas da Misericórdia há 15 anos. E ela se tornou inspiração para outras mulheres que aceitaram a proposta de ajudar a quem precisa. Em 2006, quando começou, o grupo tinha quatro pessoas, hoje já conta com cerca de 100 voluntários. A Irmã Natália Jakitsch é uma delas. Ela pertence à Congregação Franciscana da Ação Pastoral. Ela está neste grupo há cinco anos, mineira de Pará de Minas ela está em Goiânia há dez anos. E em uma vida missionária ela reconhece todo o esforço desses cristãos que se doam para melhorar a vida do próximo. “É uma experiência que tem fundamento espiritual, tem também a espiritualidade do grupo e aquilo que sai dentro do ser de cada um. Isso é muito forte. É só indo com eles na rua para sentir o que acontece”, conta Ir, Nathália.

Ela hoje é a diretora espiritual do grupo, que tem uma casa de assistência aos pobres e moradores de rua e atende, em média, 100 pessoas por dia. Lá alimentam o corpo e a mente com a Palavra de Deus. “Além da ajuda material, entra aquele apoio, aquela presença de pessoa para pessoa. Eu acredito que se eu estiver no lugar deles, eu ia sentir que alguém especial está falando comigo quando eu entrego café, roupa. Isso na Casa Santo Afonso. Agora, na rua é muito mais forte. É um corpo a corpo, uma alma a alma. E quando olhamos no olho deles, percebemos eles encontraram com alguém”, ressalta Ir. Natália.

Todas as segundas o grupo sai às ruas para levar comida e oração aos que necessitam e estão abandonados. “Primeiramente a Pastoral de Rua é focada na adoração. Então, a gente vem para a missa, participa da adoração, reunião, e depois pegamos o lanche e vamos distribuir nas ruas de Goiânia”, explica a voluntária Nayara Oliveira de Jesus.

A ideia da Pastoral de Rua Filhos da Misericórdia vem sendo passada de geração para geração. Tudo em prol de estender a mão a quem precisa. Aos 25 anos de idade, a voluntária Florinda Antonelle Ferreira conta que cresceu aprendendo o sentido da caridade. “Meu pai foi fundador da Pastoral de Rua, ele e alguns amigos. Daí eles, começaram com pouca gente e foi crescendo dentro da Igreja. Desde pequena, eu fui acompanhando este trabalho de perto, vendo o que é o amor, a caridade dentro de casa mesmo, o amor ao próximo”.

Mesmo sendo bem jovem, ela já se sente inspirando outras pessoas assim como um dia ela foi inspirada pela Regina. “Vejo meu papel como algo importante por ser jovem, por influenciar os meus amigos, as pessoas que estão a minha volta. Muita gente não tem noção de como a realidade dessas pessoas que vivem nas ruas, que são viciadas em drogas”, ressaltou Florinda.

Mulheres de fibra, de luta e de sonhos. Sonho de justiça e igualdade. Sonho que já é realidade e enche de orgulho. Mesmo sabendo que ainda tem muito a ser feito. “Eu sou uma verdadeira seguidora da Palavra de Deus. Amar a Deus sob todas as coisas e o próximo como a ti mesmo. Então, todos os meus irmãos, sejam eles quem forem, eu vejo como meus irmãos”, afirma Ir. Nathália.

Em oração e ação, que o papel dessas mulheres possam ser cada vez mais reconhecido na sociedade. E que o bem que elas fazem para o próximo seja cada vez mais combustível para continuar o trabalho de solidariedade. “Eu me sinto ainda precisando fazer muito mais pelos mais necessitados. Cada vez que vou e encontro um irmão caído, eu sinto mais vontade de fazer mais alguma coisa. Algo que possa fazer ainda mais uma pessoa melhor”, conclui Regina.

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