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Amizade social: Cáritas presta apoio social à refugiados no norte do Brasil

Trabalho é realizado com base na encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco, que quer dizer “somos todos irmãos”

Em tempos que fomos separados presencialmente e forçados a viver mantendo distancia de todas as pessoas, vivenciando tantas perdas, a humanidade se uniu ao redor do mundo, para vivenciar a mensagem que o Papa Francisco destacou em sua encíclica, em outubro do ano passado: Fratelli Tutti, ou seja, “somos todos irmãos”. A Romaria do Divino Pai Eterno este ano, mais uma vez, por conta da pandemia, não acontece de forma presencial, e dentre as temáticas trabalhadas em cada dia, a de hoje é “Por uma nova humanidade através da amizade social”, e se enquadra no âmbito da fraternidade, da prática comprometida da solidariedade e de uma ativa compaixão. 

Exemplos de acolhimento fraterno, movimentam a Igreja e acalentam os irmãos que precisam de apoio nas dificuldades. A crise econômica e política, que assola a Venezuela há anos, fez com que muitos venezuelanos partissem, rumo a outros países, como exemplo, o Brasil. A capital do Amazonas, Manaus, foi uma das primeiras cidades a receber grupos de migrantes que buscavam refúgio. A Igreja Católica, por meio da Cáritas Diocesana foi uma das primeiras a estender a mão, primeiramente suprindo as necessidades mais básicas, como a fome e a falta de moradia, e depois, até oferecendo cursos para profissionalização. 

“Em julho de 2017 iniciamos um projeto com a Acnur, agência da ONU para refugiados, e implementamos a parceria no atendimento e com o recurso, podemos atender uma quantidade enorme de pessoas que se aglomeravam aqui na frente da instituição, e também auxiliando com documentação, pois muitos chegam sem documentos, e outros, com necessidades de residências. Fomos atendendo aos poucos essa realidade e essa necessidade”, explica o diácono, Afonso de Oliveira Brito. 

A Cáritas da Arquidiocese da capital do Amazonas, além de ajudar os irmãos venezuelanos, ainda administra as diferenças entre os grupos, muitos indígenas venezuelanos também começaram a procurar a capital, para fugir da fome no país de origem. Este mesmo olhar solidário teve a Arquidiocese da Paraíba, em João Pessoa. Desde fevereiro de 2020, crianças, adultos e idosos indígenas venezuelanos são assistidos nas “casas abrigos”, onde recebem toda a assistência básica necessária, como alimentação, tratamento médico, apoio psicológico e cultural. Tudo isso com a ajuda de órgãos públicos, para criar uma rede de apoio, que ajude a aliviar um pouco do sofrimento enfrentado pelos venezuelanos. 

“Essas pessoas chegaram no Brasil, não para fazer turismo, vieram como refugiadas, saindo de um país, onde a situação era muito delicada. Então, ao longo desse caminho, a história deles é muito dolorosa. A história deles, lembra muito a história dos 40 anos que o povo de Deus passou pelo deserto, até encontrar a terra prometida. É uma vida muito dolorosa, sacrificada”, pontua Pe. Egídio de Carvalho Neto, secretário executivo da ação social. 

E as ajudas não param por aí, além dos irmãos que chegam fugindo de seus países, o trabalho se estende também aos indígenas brasileiros, marcados também pela exploração ilegal de seus territórios e, nos últimos meses, diretamente afetados pela Covid-19. Em Manaus, a Cáritas também atende mais de 250 aldeias em todo Estado. No combate a Covid-19, o projeto chegou a contratar até mesmo um serviço próprio de laboratório, para ajudar na realização de exames e detectar a doença.

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