Especial

Papa Francisco: Batismo confere igual dignidade a todos

Em catequese, Santo Padre fala sobre a importância do sacramento na vida dos cristãos

O Batismo é o primeiro Sacramento da Igreja Católica. É ele que insere cada um na vida cristã, pois mostra o desejo de alcançar a salvação. Por ele, as pessoas são libertas do pecado e entregues a paternidade de Deus. 

“Nós, cristãos, não damos, frequentemente, por certa, esta realidade de sermos filhos de Deus. Ao contrário, é bom recordar sempre com gratidão, o momento em que nos tornamos tais, o do nosso Batismo, para viver com maior consciência, o grande dom recebido”. 

Com tais palavras, o Papa Francisco falou sobre a importância do Batismo em sua última catequese, na Sala Paulo VI, dando continuidade ao ciclo sobre as Cartas de São Paulo aos Gálatas. O Apóstolo insiste com aqueles cristãos, para não se esquecerem da novidade radical, que supõe o Batismo na vida dos fiéis. 

Como já fez em inúmeras ocasiões, o Pontífice reforçou a importância de saber a data em que fomos batizados, e recordá-la todos os anos. “Se hoje eu perguntasse, quem de vocês sabe a data do Batismo, creio que poucos levantariam a mão”, brincou Francisco, recomendando que os fiéis celebrem esta memória. 

Cristo faz toda diferença 

Nas suas Cartas, São Paulo refere-se várias vezes ao Batismo. Para ele, ser batizado equivale a participar de modo efetivo e real no mistério de Jesus. Portanto, não é apenas um rito externo. Aqueles que o recebem, são transformados nas profundezas do seu ser, no seu íntimo, e possuem uma nova existência, precisamente a vida que lhes permite dirigir-se a Deus, e invocá-lo com o nome de “Aba, pai”. 

Francisco define como audaciosas, chocantes e revolucionárias as afirmações do Apóstolo na época, pois, por meio do Batismo, a filiação divina prevalece sobre as diferenças culturais, sociais e religiosas: “Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher”. 

Sobre estes conceitos, o Papa afirmou, com pesar, que, no caso da escravidão, esta existe ainda hoje: “Milhões de pessoas sem direito a comer, à educação, ao trabalho. São os novos escravos, que estão na periferia, explorados por todos. Ainda hoje existe a escravidão, pensemos nisto”. 

Quanto à diferença entre homens e mulheres, o Pontífice condenou expressões de desprezo ao gênero feminino. “Homem e mulher têm a mesma dignidade. E tem na história hoje uma escravidão das mulheres, as mulheres não têm as mesmas oportunidades que os homens”. 

Unidade da raça humana 

Paulo afirma a profunda unidade que existe entre todos os batizados, qualquer que seja a sua condição, pois cada um deles, em Cristo, é uma criatura nova. Toda distinção torna-se secundária, no que diz respeito à dignidade de ser filho de Deus. O Papa então concluiu: 

“As diferenças e os contrastes que criam separações não deveriam existir entre os fiéis em Cristo”, acrescentou o Papa, citando situações “inconscientes” que fazemos, inclusive, dentro da Igreja, dando prioridade a pessoas bem vestidas e ignorando quem se apresenta maltrapilho. 

“A nossa vocação é tornar concreta e evidente, a chamada à unidade de toda a raça humana. Tudo o que exacerba as diferenças entre as pessoas, muitas vezes causando discriminação, tudo isto, perante Deus, já não tem qualquer substância, graças à salvação realizada em Cristo. O que conta é a fé que age, seguindo o caminho da unidade, indicado pelo Espírito Santo. A nossa responsabilidade consiste em percorrer, decisivamente, este caminho da igualdade. Mas a igualdade que é sustentada pela redenção de Jesus”.

Fonte: Redação, com Vatican News


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