Especial

Cúpula climática deve oferecer respostas e esperanças concretas, diz Papa Francisco

Cop26 reúne diversos países para discutir as mudanças climáticas do planeta

A 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (Cop26) começa no dia 31 de outubro e segue até 12 de novembro. O evento, realizado em Glasgow, na Escócia, reúne diversos países que debaterão sobre as mudanças climáticas. Às vésperas do encontro, o Papa Francisco enviou uma mensagem aos líderes mundiais e pediu que implementem medidas radicais no enfrentamento do aquecimento global.

Uma “tempestade perfeita” está destruindo o mundo, uma tempestade causada pelas mudanças climáticas e pela pandemia da Covid-19, uma tempestade que rompe os laços da sociedade, provocando uma crise multifacetada: saúde, meio ambiente, alimentação, econômica, social, humanitária e ética. Esta é a imagem dramática que o Santo Padre escolheu para abrir a mensagem.

Nova solidariedade baseada na justiça e na partilha

“As nossas seguranças caíram, o nosso apetite pelo poder e a nossa sede de controle estão desmoronando”, afirma o Papa, pedindo “visão, capacidade de planejamento e rapidez de execução para repensar o futuro de nossa Casa comum. Portanto, não a atitudes de isolamento, protecionismo e exploração; e sim à capacidade de aproveitar uma oportunidade real de transformação, um verdadeiro ponto de conversão, não apenas no sentido espiritual”:

Este último caminho é o único que leva a um horizonte “luminoso”, e só pode ser percorrido através de uma corresponsabilidade mundial renovada, uma nova solidariedade baseada na justiça, na partilha de um destino comum e na consciência da unidade da família humana, plano de Deus para o mundo.

Colocar a dignidade humana no centro

Este é o verdadeiro desafio que a humanidade enfrenta hoje:

É um desafio da civilização em favor do bem comum e de uma mudança de perspectiva, na mente e no olhar, que deve colocar a dignidade de todos os seres humanos, de hoje e de amanhã, no centro de todas as nossas ações.

Não sairemos da crise sozinhos, devemos construir juntos

O Papa convida a “construir juntos”, porque “não se pode sair de uma crise sozinho”, e não existem “fronteiras, barreiras, muros políticos dentro dos quais se esconder”. Francisco lembra o Apelo conjunto, assinado em 4 de outubro, com os líderes religiosos e cientistas, pedindo “ações mais responsáveis e coerentes” no campo climático, porque, “não podemos permitir”, que as gerações futuras tenham que viver “num mundo inabitável”.

No Apelo conjunto recordamos a necessidade de trabalhar responsavelmente, em favor da “cultura do cuidado” da nossa Casa comum e também de nós mesmos, procurando arrancar as “sementes dos conflitos: ganância, indiferença, ignorância, medo, injustiça, insegurança e violência”.

É necessário o compromisso de todos

Segundo Francisco, “uma mudança tão urgente de rumo”, requer “o compromisso de cada um”, um compromisso que “deve ser alimentado, também, pela própria fé e espiritualidade”, porque se é verdade que os políticos que participarão da Cop26 “são urgentemente chamados a oferecer respostas eficazes à crise ecológica em que vivemos”, e “esperança concreta para as gerações futuras”, é igualmente verdade que a responsabilidade é global:

Todos nós, – é preciso repetir, quem quer que seja e onde quer que estejamos -, podemos desempenhar um papel na mudança de nossa resposta coletiva, contra a ameaça sem precedentes das mudanças climáticas e da degradação de nossa Casa comum.

O que a Cop26 prevê

Inicialmente prevista para novembro de 2020, a Cop26 foi adiada por um ano, devido à pandemia. Os países participantes apresentarão seus planos atualizados, para reduzir suas emissões. Em 2015, no final da Cop21 em Paris, foi estabelecido limitar o aumento da temperatura global a 1,5 graus. As nações também se comprometeram a se adaptar aos impactos das mudanças climáticas, e a mobilizar os fundos necessários, para atingir esses objetivos, criando um plano nacional, mostrando a extensão da redução de suas emissões, conhecido como a Contribuição Determinada Nacionalmente (NDC). Este plano deve ser atualizado a cada cinco anos e é isso que acontecerá durante a Cop26. O secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, conduzirá a delegação vaticana no encontro na Escócia.

Com informações do Vatican News


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