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“Eu fiquei entre a vida e a morte”, diz romeira de Joviânia (GO), que anualmente visita a Casa do Pai

Na esforçada ladeira, devotas choram, emocionadas, agradecem e rezam ao Pai. Naquela escadaria, onde batia o sol forte do cerrado goiano, a fé se fazia presente

Ao subir pelas escadarias do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, um grupo unido de romeiros é avistado. Na esforçada ladeira, devotas choram, emocionadas, agradecem e rezam ao Pai. Naquele local, onde batia o sol forte do cerrado goiano, a fé se fazia presente, e a cena era impossível de não encher os olhos de quem por ali passava.

“Tudo que a gente pede, a gente recebe”, essa frase foi dita pela romeira de Joviânia (GO) Josianne Accioli, de 35 anos. Anualmente, ela realiza a Romaria do Divino Pai Eterno, ao lado de um grupo de companheiros. Mais de 170 quilômetros marcam a caminhada desses fiéis, que não se deixam abalar pela distância, calor ou obstáculos.

“A gente está aqui para agradecer pela saúde da nossa família. O meu avô e meu pai passaram pela Covid-19; minha filha é prematura de 26 semanas; eu fiquei entre a vida e a morte. Então, a gente vem para agradecer. Somos cheios de milagres dentro de casa”, disse ela comovida, logo após terminar os mais de 50 degraus da escadaria do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, junto da mãe de 53 anos.

Segundo Josianne, nos últimos dois anos, o grupo de romeiros jovianenses não se deslocaram para Trindade por conta da pandemia, mas agora estão de volta à Casa do Pai. “Sozinhos a gente não consegue. Temos uma turma de 20 romeiros e oito pessoas na assistência. Sem assistência a gente não vem”, discorreu ela.

De acordo com a romeira, a caminhada até Trindade foi feita mais durante a noite, quando o sol já baixou e a sombra se faz melhor companheira. “O calor machuca muito. Têm pessoas que machucam mais, mas aí tem a rede de apoio que presta o atendimento necessário”, narrou.

Para os olhos de fora, a trajetória pode parecer cansativa e angustiante, até passível de desistência, mas para eles, nada disso é limitante. Segundo Josianne, para dormir e comer, o grupo monta um caminhão com estrutura de cozinha e nele deixa os colchões. “A gente vai dormindo nas fazendas. Se a gente não achar algum lugar, a gente dorme no pouso ou no caminhão. A gente fica onde o Pai Eterno providencia”, explicou.

Segundo Josianne, a volta para casa vai acontecer logo após a visita ao Santuário. Na volta, o grupo retorna de caminhão, com apoio dos oito membros da assistência. “Nós temos dia para sair, mas não temos dia para voltar. Apesar de não ser todo mundo da mesma família, a gente se torna uma família. E sem companheiros e afetos em primeiro lugar, não é possível chegar”, finalizou.

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