História de amor e devoção
A devoção ao Divino Pai Eterno surgiu no interior do Estado de Goiás, na cidade que hoje é conhecida como Trindade, a amada Capital da Fé. Foi no ano de 1840, quando o casal de agricultores Constantino Xavier e Ana Rosa encontraram um medalhão de barro, nas proximidades do córrego Barro Preto.
Conta a história, que a enxada do lavrador acertou algo rígido, mas não era uma simples pedra, era um belíssimo medalhão de barro, de aproximadamente oito centímetros, nele estava representada a Santíssima Trindade coroando a Virgem Maria. Na simplicidade, o casal de agricultores não imaginava o grandioso significado daquele objeto.
O reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, missionário redentorista padre Marco Aurélio Martins, explica que no medalhão estava esculpida a imagem do centro da fé, que é a Trindade Santa. “Conhecemos como a comunhão, Deus Pai, Filho e o Espírito Santo em uma comunhão de amor. E ali está Maria, uma grandeza do ícone”, explica o padre.
O casal se encantou e, demonstrando fé, amor e devoção, levaram o medalhão para casa, mas não imaginavam que aquele acontecimento mudaria a vida do povo daquela região. Assim, as pessoas começaram a se reunir e orar próximas à imagem, criando uma força de fé que alcançou o coração do Brasil.
Para o historiador Paulo Afonso, a centralidade do medalhão é Maria. E as pessoas simples do interior de Goiás levam a imagem do medalhão para a vida deles. Segundo o Historiador, Bento Fleury, a partir desse momento a população começa o culto ao evangelho no lar do medalhão.
Com as graças recebidas, construiu-se uma pequena capelinha de buriti. E essa Romaria foi crescendo como uma mancha de óleo, “então chamou os compadres, vizinhos e as pequenas cidades em torno. E ela foi se transformando pouco a pouco nessa grande romaria, mas o monte formador da romaria do Divino Pai Eterno de Trindade é o evangelho”, conta Bento.
Algum tempo após o início das orações em torno do medalhão, Constantino percorreu mais de 120 quilômetros de distância da região do Barro Preto até a cidade de Pirenópolis com o intuito de restaurar o objeto sagrado. No município, morava um importante artista plástico goiano. De acordo com Bento Fleury, “Constantino então encomendou uma imagem a partir do medalhão para o grande artista Veiga Valle, assim, ele trouxe a imagem tradicional e iniciou a Romaria”.
Para pegar o medalhão restaurado, Constantino deixou seu cavalo e fez o percurso de Pirenópolis a Trindade a pé, marcando a primeira grande procissão. A imagem original do Divino Pai Eterno fica no Santuário Basílica, assim como o próprio medalhão. Ele foi exposto uma vez, no dia 5 de julho de 2020, devido ao Jubileu de 180 anos de devoção. O medalhão mostra que na pequenez, na humildade, o Pai Eterno manifestou sua misericórdia.
O medalhão é muito sensível, “está sobre os nossos cuidados desde 1840. Estamos celebrando 183 anos de história, está sobre os nossos cuidados e entra nessa singeleza que Deus revela a grandeza do seu amor e alcança os corações de milhares de pessoas que todos os dias todos os anos recorre a trindade para agradecer o pai eterno dom da vida”, finaliza padre Marco Aurélio.
Falta pouco para a Romaria 2023
Muitos devotos já estão em preparação para viver intensamente os 10 dias de festa, em Trindade. Toda a programação da Romaria do Divino Pai Eterno 2023 você encontra aqui. Prepare-se para viver 10 dias de uma experiência única, de intimidade e comunhão com o Pai. Venha fazer parte desta família de amor que cresce a cada ano.