Especial

Atendimento médico aos mais vulneráveis é realizado na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia

Instituição é administrada pela Igreja Católica

A Santa Casa de Misericórdia de Goiânia (GO) é administrada pela Igreja Católica e oferece atendimento em mais de 30 especialidades médicas. Um trabalho que ajuda as pessoas mais vulneráveis há quase 90 anos, com acolhimento e atendimento médico.

A criação da unidade hospitalar se deu apenas três anos após a fundação da capital e por isso as histórias se cruzam. Quem começou com esse olhar mais solidário aos necessitados foi dona Gercina Borges, esposa do então governador da época Pedro Ludovico Teixeira.

Segundo a superintendente-geral da Santa Casa de Goiânia, Dra. Irani Ribeiro de Moura, “há 89 anos surgiu a Santa Casa de Misericórdia com a primeira dama da época. Visando atendimento às pessoas que não tinham condição de arcar com saúde”.

O hospital foi aberto em 1936 com a ajuda da conferência de São Vicente de Paulo e do apoio das irmãs dominicanas, irmãs vicentinas e de diversas autoridades políticas, empresariais e profissionais. No decorrer dos anos, melhorias foram sendo realizadas em relação aos profissionais e estrutura.

Desde então, o hospital foi se formando e tornou-se uma instituição privada de caráter filantrópico, administrada pela Igreja Católica. “A Igreja abraçou essa missão e deu continuidade ao trabalho de ajudar o próximo”, conta a médica Irani.

Hoje, pacientes de outros estados buscam tratamento na Santa Casa de Goiânia, que cresceu e começou a ser reconhecida. A instituição é considerada o maior hospital de atendimento ao Sistema Único de Saúde na região Centro-Oeste. Mais de 90% dos atendimentos são pelo SUS.

A unidade conta com 215 leitos ativos, 53 especialidades no atendimento hospitalar e 13 especialidades de residências médicas. Por isso, se tornou uma referência. São cerca de 8 mil pacientes atendidos por mês, números que refletem ainda nas internações, que podem chegar a 8 mil mensais. Tem também as cirurgias que, por mês, chegam a 400, além dos exames que são cerca de 50 mil mensais.

Atendimento humanizado
O paciente Valdomiro Rocha conta que se fosse para dar nota de 1 a 10 em relação ao tratamento recebido na Santa Casa, ele daria 11. Pois, “desde o atendimento na recepção até os médicos, todos são muito amáveis. Além de profissionais excelentes”.

Seu Valdomiro é grato ao atendimento recebido, porque quando sentiu que não estava bem de saúde, procurou atendimento em uma clínica particular de Goiânia, mas lá, depois dos exames, foi liberado com a afirmativa de que estava bem. Só que a situação não era bem essa. Ao chegar na Santa Casa, descobriu que estava com problema sério na próstata e agora faz o tratamento correto.

Além do seu Valdomiro, outros pacientes também aprovam o atendimento da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia. Até mesmo os acompanhantes. Kênia Magalhães acompanha a sobrinha, que enfrenta um câncer agressivo, ela relata que todo o atendimento é com muito carinho e respeito pelo próximo.

De acordo com a médica paliativista, Dra. Lídia Mioli, “o trabalho que realizamos é focado em oferecer dignidade e diminuir o sofrimento. Nosso objetivo é cuidar melhor dos pacientes dando mais dignidade e qualidade de vida. Além de conforto para aqueles que ficam por muitos meses em tratamento”, finaliza a médica.

Santa Casa atua com trabalho voluntário
Para realizar o trabalho ideal em um hospital, a principal doação, sem dúvida, é o amor. Isso porque a instituição trata a doença, mas o paciente precisa de outras atenções para que o tratamento tenha mais efetividade. É aí que surge o setor de voluntariado, e na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia essa missão é levada bem a sério.

Segundo o psicólogo Roberto Ribeiro, “o voluntariado é de Deus e nesse trabalho nós levamos para os pacientes tudo que eles precisam nesse momento de dificuldade. Realizamos auxilio espiritual, contamos com o orquidário São Francisco de Assis para os pacientes terem contato com a natureza”. Além da rádio que toca o terço todos os dias e de visitas de grupos religiosos que levam uma palavra amiga.

Por ser uma instituição filantrópica administrada pela Igreja Católica, a Santa Casa de Misericórdia de Goiânia prioriza o cuidado espiritual com o paciente. Por isso, esses projetos são fundamentais. Uma pesquisa desenvolvida pela Universidade de Duke, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, comprovou que pacientes que se valem de práticas religiosas apresentam 40% menos chances de sofrer depressão durante o tratamento do câncer e de doenças em geral. Os pesquisadores acreditam que a fé representa um reforço para o sistema imunológico. No Brasil também há estudos sobre isso. A Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo mostrou, em pesquisa, que a religiosidade fortalece pacientes que lutam contra o câncer.

A dona Maria Cleusa é paciente da Santa Casa e desde que descobriu a doença, se apegou na fé que tem no Pai Eterno. “Sei que é uma doença prolongada, com tratamento demorado, mas mesmo assim estou feliz. Pois sei em quem eu acredito. Nesse momento, o mais importante é a fé”, finaliza dona Maria.


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