Hospital de Goiânia promove oficina de bordado para mães que acompanham filhos em tratamento contra câncer.
Todo câncer gera muito sofrimento, mas quando a doença ataca crianças a tristeza é maior ainda. É o contrário da ordem natural da vida, a ameaça aos planos e expectativas de tudo o que pode vir pela frente. Quando algo assim acontece, não só a pessoa é afetada, mas toda a família. E, principalmente, aquela que é símbolo de amor maior: a mãe.
O quadro “Atitude Cristã”, exibido no Programa Pai Eterno desta segunda-feira, 7, mostrou que para tentar amenizar os problemas vividos durante o tratamento dos filhos, o pessoal do Hospital de Câncer de Goiânia (GO) promove a oficina de bordado e crochê para as mães. (Assista ao vídeo abaixo)
Tudo começou com a batalha da voluntária Arlei Martins Caldeira, que é a instrutora. “Já tem 15 anos que estou com esse trabalho. Meu filho fez tratamento aqui durante oito anos com leucemia. Ele faleceu. Os médicos e a psicóloga sempre me falavam que tinham muitos voluntários para trabalhar com as crianças, mas nunca apareciam para trabalhar com as mães. Foi aí que eu prometi para eles, que depois que meu filho falecesse eu ia me preparar para entrar aqui sem sofrimento”, contou.
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Linhas, agulhas e tecidos ganham o toque de esperança das mães e se tornam lindas peças de bordado e crochê. Tudo o que é feito é comercializado, e acaba gerando um dinheirinho pra elas. Mas o valor maior disso é a força que essa atividade traz para que elas sigam firmes na luta. “Para gente é uma terapia, um momento de distração para esquecer esse mau tempo que está na vida da gente. Eu gosto de bordar e é muito bom”, declarou a dona de casa Mércia Barros.
Por lá, o sorriso sincero das crianças não deixa o clima ficar ruim. Enquanto eles brincam e fazem atividades lúdicas, as mães trabalham com as mãos. O momento é de trégua em meio à guerra pela vida. De acordo com outra mãe, a dona de casa Marlei de Lima, esse tipo de ação voluntária contagia, e faz com que as pessoas continuem mesmo com o fim do tratamento. “É uma terapia, pois a gente fica aqui pensando muita coisa. Então, pegamos os bordados para fazer e a cabeça da gente descansa”, disse.
A cura é uma grande batalha, mas essas guerreiras estão firmes e motivadas. “Perder um filho não é fácil. Então, eu fiquei pensando que se eu tenho condição de estar aqui, eu vim. Depois que passei a trabalhar aqui eu vi que eu não sofri”, concluiu Arlei.
O Programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 7h45, com reapresentação às 10h45. Você pode acompanhar todas as edições pelo Canal Pai Eterno, no YouTube, e também assistir pelo portal paieterno.com.br, na página do Programa Pai Eterno.