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Papa à Igreja italiana: inovar com liberdade, sem obsessão pelo poder

Ao chegar a Florença, oriundo de Prato, o primeiro compromisso de Francisco foi […]

AP3166287_ArticoloAo chegar a Florença, oriundo de Prato, o primeiro compromisso de Francisco foi na Catedral da cidade, onde encontrou os participantes do V Congresso Eclesial da Igreja italiana.

O discurso do Santo Padre foi inspirado no tema do Congresso: “O novo humanismo em Cristo Jesus”.

Para Francisco, podemos falar de humanismo somente a partir da centralidade de Jesus, descobrindo Nele os traços do rosto autêntico do homem. “É a contemplação da face de Jesus morto e ressuscitado que recompõe a nossa humanidade, inclusive daquela fragmentada pelas fadigas da vida ou marcada pelo pecado. Não devemos domesticar a potência do rosto de Jesus. O rosto é a imagem da sua transcendência. Jesus é o nosso humanismo”, disse o Papa.

O Pontífice ressaltou que a face de Jesus é semelhante àquela de tantos nossos irmãos humilhados e escravizados. E indicou três sentimentos que caracterizam o humanismo cristão: a humildade, o desinteresse próprio e a bem-aventurança.

Dirigindo-se à Igreja italiana, o Papa recorda que seus membros não devem ser obcecados pelo poder, evitando pelo menos duas tentações: a do pelagianismo e a do gnosticismo. E recomenda o que escreveu na Exortação Apostólica Evangelii gaudium, isto é, a inclusão social dos pobres e a capacidade de encontro e de diálogo.

“Este nosso tempo requer viver os problemas como desafios e não como obstáculos”, disse Francisco, que descreveu o que espera da Igreja italiana:

“Apraz-me uma Igreja italiana inquieta, sempre mais próxima dos abandonados, dos esquecidos, dos imperfeitos. Desejo uma Igreja alegre com o rosto de mãe, que compreende, acompanha e acaricia. Sonhem também vocês esta Igreja, acreditem nela, inovem com liberdade. Sejam criativos ao expressar o gênio que os grandes desta terra, de Dante a Michelangelo, expressaram de modo inigualável.”

“Não cabe a mim dizer como realizar este sonho”, finalizou Francisco, mas indicou o aprofundamento nos próximos anos de sua Exortação Evangelii gaudium, de onde colher os critérios práticos e para aplicar as suas diretrizes.


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