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Mulheres religiosas: dedicação e oração

Neste Dia da Mulher, saiba como vivem, em Trindade (GO), as mulheres que são consagradas à vida religiosa.

2014_02_26_IRMASDACOPIOSAREDENCAO-9“Cada mulher deveria ser ‘outra Maria’, gerar em seu coração Jesus, e levá-lo ao mundo. Ah! Se as mulheres redescobrissem seu verdadeiro valor, a sociedade seria transformada.” O depoimento é da irmã Rita Maria da Santa Face, da Ordem dos Carmelitas Descalços. A religiosa vive no Carmelo da Santíssima Trindade, no município de Trindade, em Goiás, onde as irmãs têm como objetivo de vida viver na clausura, em retidão, praticando a oração longe da correria do dia a dia na sociedade.

“Nosso primeiro trabalho é o compromisso com a oração por toda a Igreja, de forma especial por nossa Igreja local, e na medida do possível o atendimento para aqueles que vêm até nós com seus pedidos de orações ou para ajuda espiritual”, diz. Para irmã Rita, toda mulher deve seguir o exemplo de Maria, mãe de Jesus, se colocando sempre atenta às necessidades de todos. Mas, principalmente, ela lembra que a mulher deve estar atenta ao chamado de Deus, para entender qual a vontade Dele para sua vida.“Quando me dediquei a ler e ouvir a Palavra de Deus, cheguei a perceber a Sua vontade sobre mim. A minha vida foi se tornando mais iluminada pela Sua graça e até hoje tem me tornado mais feliz”, reconhece.

Ao contrário das irmãs Carmelitas, na Ordem da Pia União da Copiosa Redenção as religiosas têm contato direto com as pessoas. Elas vivem na Comunidade Pe. Pelágio, também em Trindade, e ajudam nos trabalhos da secretaria do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em ações sociais nas paróquias e comunidades locais e também na Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).

Dentre as irmãs da Copiosa Redenção, vive Ir. Danila Diana de Sousa. A religiosa recebeu o chamado à vida consagrada aos 17 anos, quando participou de um retiro organizado pela Ordem. “Algo me tocou profundamente naquele retiro. Ver as irmãs acolhendo os jovens que ali estavam, falando com tanto amor das pessoas que elas assistiam, e o profundo amor com que tratavam a Eucaristia. Senti que era aquilo que eu queria viver”, declara. Irmã Danila conta que sua vida mudou por completo e que não foi fácil deixar família, oportunidades e projetos pessoais. Porém, afirma: “todos os dias, eu me realizo, pois é algo maravilhoso empregar a vida em nome de um bem maior. A vocação é um grande tesouro, e quem a descobre e assume com coragem, sabe que vale a pena. Cada bem realizado em nome do Pai Eterno, de Sua Igreja, pela salvação de Seus filhos, enche nossas vidas de alegria e sentido. Tudo muda, a gente muda também, mas servir faz de nós pessoas melhores, mais plenas”.

Algumas mulheres sentem esse chamado para seguir na vocação religiosa, mas não sabem discernir e acabam ficando em dúvida sobre a vontade de Deus para as suas vidas. Para elas, o conselho de irmã Rita é: “Dediquem-se à oração com o coração sincero, aberto. Sejam simples como as crianças, com o desejo de fazer a vontade do Pai, e procurem ajuda de um sacerdote ou de uma consagrada”. E irmã Danila completa: “Faço minhas as palavras do nosso querido Beato João Paulo II: ‘Não tenham medo!’. Quando o Pai Eterno chama, Ele também capacita para a missão. Assumir a vocação é dar um passo na fé. Sejam corajosas como Maria, a mãe de Jesus, que em sua humildade não hesitou em dar o seu sim”.

Vida de oração

O trabalho das irmãs da Copiosa Redenção é feito em plena comunhão com a Igreja. Seu carisma é a adoração ao Santíssimo Sacramento e o empenho pela recuperação de pessoas que sofrem com a dependência química. As atividades diárias têm início sempre com a oração comunitária, seguida pela Santa Missa e depois os trabalhos pastorais e o apostolado, na Afipe. Lá, fazem parte da equipe de correspondências, com o objetivo de facilitar o recebimento e envio das cartas recebidas pela Associação, bem como dos e-mails e mensagens enviadas pelo site.

Além disso, cabe às irmãs da Copiosa Redenção encaminhar, ao Carmelo de Trindade e ao Santuário Basílica, os pedidos de oração e intenções que são depositados nas taças de intenções no estúdio de transmissão das novenas ou no altar onde as missas diárias são celebradas. “Em meio às atividades diárias, cultivamos nossa vida comunitária, por meio de uma sadia convivência e também reservamos uma hora à adoração ao Santíssimo Sacramento, onde revigoramos nossas forças e buscamos a graça para desempenhar bem nossos trabalhos.Além de levar a Jesus, pela oração, os nossos filhos e filhas dependentes químicos, a quem, como carisma, somos chamadas a servir, trabalhando pela sua recuperação e pelos seus familiares”, explica irmã Danila.

Já no Carmelo da Santíssima Trindade, as Carmelitas Descalças vivem sua vida contemplativa eclesial em um clima que harmoniza a solidão e o silêncio com a comunhão fraterna de vida. “O nosso carisma está orientado para oração e a contemplação das coisas divinas, voltada completamente para a escuta da palavra de Deus e para a busca do tesouro mais valioso, a pérola preciosa de Seu reino, em conformidade com o ideal da Santa Madre Teresa de Jesus. Por exigência do carisma teresiano, a oração, a consagração e todas as energias de uma Carmelita devem estar orientadas para a salvação das almas”, relata irmã Rita.

Segundo a religiosa, o dia das irmãs Carmelitas é todo dedicado à oração, trabalho e vida fraterna. “Sendo todo ele marcado pelo toque do sino que nos convida a deixarmos os trabalhos conventuais para nos recolhermos em oração comunitária, onde rezamos as horas canônicas em união com toda a Igreja. Os nossos trabalhos conventuais são realizados em um silêncio orante, onde procuramos oferecer a Deus tudo o que realizamos como forma de oração pelo bem da Igreja de toda humanidade”, descreve.

O papel da mulher

Apesar da grande diferença entre as duas Ordens, elas têm o mesmo propósito: amar e seguir a Jesus Cristo. Mesmo diante de uma sociedade moderna, onde a mulher sempre lutou por seus direitos e pela valorização de seu trabalho, essas religiosas são exemplos de mulheres que, ao longo da história, se dedicaram inteiramente ao Divino Pai Eterno. Deixando de lado vaidades e ambições e tendo como única missão a obediência, o amor e o serviço a Deus e aos irmãos.

“A mulher possui um papel muito importante na Igreja e na sociedade. Toda mulher traz em si o dom de gerar, de colaborar com Deus na promoção da vida, de educar, de apoiar. Mesmo aquela que se consagra, exerce espiritualmente o dom da maternidade, da formação”, afirma irmã Danila. E Ir. Rita acrescenta: “Você, mulher, que é mãe, seja mãe como foi a mãe de Jesus. Você, que é jovem, seja jovem como foi Nossa Senhora, atenta à vontade de Deus, escutando o que Ele quer de você. E a mulher consagrada na Igreja, identifique-se com Cristo seguindo Seus passos e sendo testemunha viva do Seu amor para com todos, vivendo a maternidade espiritual”.

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