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Cozinha Terapêutica ensina e diverte internos da Vila São Cottolengo

Projeto alia socialização, interação e desenvolvimento de sentidos à prática de manter bons hábitos alimentares.

DESTAQUE_EM_NOME_DA_VIDA_02_2014_10_02Na Vila São Cottolengo, em Trindade (GO), os pacientes internos contam com uma atividade de reabilitação diferente e muito interessante. É o projeto Cozinha Terapêutica. O quadro Em Nome da Vida exibido no Programa Pai Eterno desta quinta-feira, 2, mostrou como é este trabalho por lá. (Assista ao vídeo abaixo)

O momento é dedicado ao aprendizado. Em um espaço na Vila São Cottolengo, os internos se reúnem e fazem receitas variadas. O interno Antônio Carlos contou qual é o cardápio do dia: “Café bem adoçado, lasanha e salada de fruta”.

Enquanto alguns cortam as verduras, outros se dedicam à cozinha. Hoje foi a vez do interno Fernando Pereira dos Santos de lavar as vasilhas. A fonoaudióloga Camila Naves Carvalho afirmou que eles gostam da atividade: “É uma alegria. O Fernando e o Éric são bem participativos, eles adoram”.

Uma das turmas que participam da atividade é da Unidade São Vicente, da Vila São Cottolengo. Duas vezes por mês os internos participam do projeto. A fonoaudióloga explicou que o trabalho feito aqui, vai muito além de apenas aprender a cozinhar: “Nós trabalhamos a questão da socialização, das consistências alimentares, pois muitos têm uma recusa, a linguagem, a postura dos pacientes, a interação com o paciente e terapeuta, pois através da comunicação aqui tentamos trabalhar cores, alimentos, pois muitos não conhecem alguns que chegam para eles”.

Enquanto a salada estava sendo feita, a lasanha já estava no forno. Alguns minutos depois, chegou a hora de saborear o prato do dia. “Está muito gostoso”, disse Fernando.

Veja também: 

DESTAQUE_EM_NOME_DA_VIDA_TXT)02_2014_10_02A turma dos internos da Unidade Santa Luiza também participa do projeto. O grupo é formado por idosas com deficiência mental e até mesmo com sequelas de AVC. Enquanto a Florença picava a abobrinha, a Cida cuidava de cortar o tomate.

É mais uma atividade feita pensando no desenvolvimento de cada um deles. O cardápio é preparado sempre de acordo com as orientações dos nutricionistas. “Elaboramos um cardápio balanceado nutricionalmente sempre atentando para o prato, não só para o balanceio nutricional, mas também para pratos que tragam um resgate de história, pois temos notado aqui que conseguimos resgatar histórias de vida”, pontuou a fonoaudióloga Cibele Martins Borges.

O projeto começou no ano 2000 e a Unidade Santa Luiza foi a primeira a participar. A Cibele lembrou do início de toda a história: “Por causa de uma paciente, a Abadia, que já foi a óbito. Ela era muito agressiva, não participava de nenhuma atividade proposta, não mostrava interesse no que era desenvolvido na unidade. Porém, em uma das atividades que eu e a terapeuta ocupacional da época estávamos desenvolvendo com massinhas de modelar, ela resolveu sentar no meio de todo mundo e começou a fazer bolinhas e colocava. Aí em uma das conversas espontâneas da atividade eu perguntei o que ela estava fazendo e ela verbalizou, com toda dificuldade, que ela estava fazendo pão de queijo. Foi daí que começou a ideia”.

A interna Tertuliana está na unidade há quatro anos. O fisioterapeuta Pedro Paulo Camargo falou sobre o desenvolvimento dela: “Ela é uma paciente que vem, participa, gosta de estar qui e isso todos os pacientes já sabem. Quando chegam à cozinha, eles já sabem que vai ser uma atividade agradável para eles”.

Depois de um tempo no forno, é hora de servir e saborear a receita que elas mesmas fizeram. “Ficou tão bom que até comi duas vezes”, disse a paciente interna Valci Trindade.

O Programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 7h45, com reapresentação às 10h45. Você pode acompanhar todas as edições pelo Canal Pai Eterno, no YouTube, e também assistir pelo portal paieterno.com.br, na página do Programa Pai Eterno.


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