Comunidade

Voluntária se dedica ao resgate de animais vítimas da queimada no Pantanal

Enquanto a natureza pede socorro, pessoas apaixonadas pela preservação como a Eduarda Fernandes seguem fazendo a diferença

Com apenas 20 anos, Eduarda Fernandes lidera um grupo de resgate de animais que foram vítimas das queimadas intensas no Pantanal. Ela e outros voluntários também distribuem água e frutas para os animais nas regiões atingidas pelo fogo. É a maior tragédia da história recente do bioma que fica nos Estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Há cerca de dois anos, Eduarda conta que abandonou a vida que tinha em Cuiabá para ficar mais perto da natureza.

“Eu sempre fui muito apaixonada por animais . Eu cresci na fazenda meu avô e sempre tive muito vínculo com todo tipo de animal seja silvestre, doméstico. Então, desde criança eu soube que trabalharia com bichos de alguma forma. Eu tive a oportunidade de conhecer o Pantanal em 2015 e realmente me apaixonei. Costumo dizer que o Pantanal ou te acolhe ou te exclui e, comigo, ele me acolheu e muitas portas se abriram pra mim desde então. Eu comecei a trabalhar como guia de turismo e depois abri a minha empresa. Hoje, tenho uma agência de turismo no Pantanal e as coisas fluíram muito bem. Estou há cinco anos trabalhando com isso. Com 15 anos, eu já tinha certeza do que queria fazer”, relata Eduarda.

Há um mês, a principal atividade da jovem tem sido o resgate dos animais, junto a outros quatro voluntários. O grupo foi um dos primeiros a auxiliar os animais no Pantanal. “Depois que queimou todo o redor de onde moro e trabalho, eu comecei a ver os animais sofrendo muito com as queimadas, muitos deles morriam queimados, outros definhando, eu vi que tinha que fazer algo. Foi mais forte que eu, era necessário ajudar. Desde então, começamos a nos organizar em equipes e as coisas começaram a ganhar um proporção muito grande. Muitos grupos se organizaram, vieram para o Pantanal e começamos a ter eficiência no trabalho”, conta a voluntária.

Segundo o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, de janeiro à primeira quinzena de setembro deste ano, o Pantanal teve quase três milhões de hectares atingidos pelo fogo. A área queimada corresponde a pouco mais de 19 vezes o tamanho da capital de São Paulo. Enquanto a natureza pede socorro, pessoas apaixonadas pela preservação como a Eduarda seguem fazendo a diferença, cada um fazendo a sua parte.

Imagens: Eduarda Fernandes (Instagram/@paantaneira)

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