Foto: Agência Santo Afonso

Com a chegada de muitas Romarias, principalmente da região Centro-Oeste, até a Igreja Matriz de Trindade, Capital da Fé de Goiás, para louvar e agradecer ao Divino Pai Eterno pelas bênçãos recebidas, o espaço não conseguia mais comportar tantos romeiros. Surgiu então a ideia de construir um novo templo santo, com uma estrutura maior para receber os devotos.

De acordo com o historiador Paulo Afonso, em 1943, o bispo de Goiás, Dom Emanuel, para comemorar os 100 anos do achado do medalhão, realizou a colocação da pedra fundamental para a construção do Santuário no morro das almas, onde hoje está o Santuário do Divino Pai Eterno.

Mas a obra não começou imediatamente. O sonho de se ter um novo Santuário demorou anos diante das muitas dificuldades encontradas pelo caminho. Só para se ter uma ideia, em 1955, 12 anos depois da iniciativa de Dom Emanuel, arcebispo de Goiás, a obra ainda não havia saído dos alicerces. Dois anos depois, em 1957, com a criação e instalação da Arquidiocese de Goiânia, Dom Fernando Gomes dos Santos apresentou um projeto para a construção. A partir de 1974, as novenas e a Festa do Divino Pai Eterno já eram realizadas no local.

Segundo Paulo Afonso, “em 1994 já estava construída e pronta para acolher a romaria na nova igreja. Sendo as duas grandes igrejas dedicadas ao Divino Pai Eterno, a Igreja Matriz e o Santuário Basílica”. O reitor do Santuário, padre Marco Aurélio Martins, explica que o término da construção é recente. “Sabemos o quanto demorou essa construção, porque teve muitas realidades e muitas pessoas ajudaram na edificação”, diz o reitor.

Com uma igreja maior, a devoção ganhou ainda mais força e o templo santo ganhou o reconhecimento de Casa do Pai. Segundo o reitor, a grande obra do Santuário Basílica teve a coordenação do padre Vicente André. “Trouxe elementos como os vitrais maravilhosos, a iconografia da igreja é fundamental para ajudar as pessoas a materializarem o sentimento de pertencimento a Deus”, destaca o reitor.

Título de Basílica

Em 4 de abril de 2006, o Papa Bento XVI, atendeu a um pedido do então arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, e concedeu o título de Basílica Menor ao Santuário. O padre Welinton Silva destaca a visão do arcebispo na época. “Ele viu a necessidade de que o Santuário pudesse receber um título honorífico, dada a sua significância para a Igreja no Brasil. Até então, éramos um santuário que não havia a representação da imagem em outros lugares. Devido toda a especificidade, o local foi reconhecido como digno de receber o título de Basílica”, conta padre Welinton.

A instalação da Sacrossanta Basílica aconteceu em 18 de novembro do mesmo ano, e se tornou a única no mundo dedicada ao Divino Pai Eterno. Para receber o título, vários documentos da igreja foram enviados para Roma.

Nos últimos anos, principalmente a partir das transmissões televisivas, a devoção ao Divino Pai Eterno tem ganhado cada vez mais o mundo. O Santuário Basílica representa um pedacinho do céu no coração do Brasil. Um lugar sagrado onde Deus se comunica com os homens. Espaço acolhedor que revela de maneira singular o amor misericordioso de Jesus. Com tantos devotos, o local já está pequeno. Por isso, a necessidade de construir um novo Santuário maior.