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Inveja e vaidade são vícios de quem deseja ser o centro do mundo, diz Papa

O texto da reflexão foi lido pelo Secretário de Estado, Dom Filippo Ciampanelli

Reprodução: Vatican News

Da Redação, com Vatican News

Devido ao resfriado do Papa Francisco, o Secretário de Estado, Dom Filippo Ciampanelli, leu texto de Francisco sobre os vícios da inveja e vaidade, na Audiência Geral desta quarta-feira (28), seguindo com ciclo de reflexões.

O Santo Padre começou sua reflexão destacando a inveja como um dos mais antigos vícios enfrentados pela humanidade, remetendo à história de Caim e Abel descrita no livro do Gênesis. O livro do Gênesis relata que Caim odiava Abel, porque os sacrifícios do seu irmão agradavam a Deus.

O texto do Papa abordou que “o rosto do invejoso é sempre triste: o seu olhar está abaixado, parece examinar continuamente o chão, mas, na realidade, não vê nada, porque a mente está envolvida por pensamentos cheios de malícia. A inveja, se não for controlada, leva ao ódio pelos outros. Abel será morto pelas mãos de Caim, que não podia suportar a felicidade do irmão”, leu Dom Ciampanelli.

Francisco destacou que na raiz da inveja há uma relação de amor e ódio, uma vez que o invejoso deseja mal ao outro e, ao mesmo tempo, deseja ser como ele. Além disso, sinaliza que esse vício cria uma falsa ideia de Deus, que tem sua própria matemática”.

A vaidade leva ao egocentrismo
Na sequência, a reflexão se volta para a vaidade. O Papa indica que este vício, “anda de mãos dadas com a inveja”, sendo ambas típicas de quem aspira ser o centro do mundo, livre para explorar tudo e todos, objeto de todo louvor e todo amor: a pessoa vangloriosa não tem empatia e não percebe que existem outras pessoas no mundo além dela. As suas relações são sempre instrumentais, caracterizadas pela opressão dos outros. A sua pessoa, as suas façanhas, os seus sucessos devem ser mostrados a todos: é uma perpétua mendiga da atenção. E se, às vezes, suas qualidades não são reconhecidas, fica extremamente irritada. Os outros são injustos, não entendem, não estão à altura”.

Seguindo a leitura para o final, Dom Ciampanelli afirma que os mestres espirituais não sugerem muitos remédios para curar este vício. Isso porque a vaidade carrega o seu próprio antídoto, pois os elogios que se esperava receber logo se voltam contra o vanglorioso. “Quantas pessoas, iludidas por uma falsa imagem de si mesmas!”, pontuou o texto do Santo Padre.

Contudo, a mais bela instrução para superar a vaidade é encontrada no testemunho de São Paulo, o Pontífice explica que “o Apóstolo sempre teve que lidar com uma falha que nunca foi capaz de superar”, acrescentando que Paulo, “três vezes, pediu ao Senhor que o libertasse daquele tormento, mas, no final, Jesus respondeu-lhe: ‘Basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que a força se consuma’. A partir daquele dia, Paulo foi liberto”.

A conclusão à qual Paulo chegou “deveria tornar-se também a nossa: ‘É, portanto, de bom grado que prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo’ (cf. 2Cor 12,9)”.


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