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“Prudência direciona ações para o bem”, diz Papa

E direciona para ações santas e inteligentes

Reprodução: Vatican News

Da Redação, com Vatican News

Na Audiência Geral desta quarta-feira (20), Papa Francisco refletiu sobre a virtude da prudência, definindo-a como a capacidade de direcionar as ações para o bem. Diante dos peregrinos reunidos na Praça São Pedro, o Pontífice confiou a leitura do texto da catequese ao padre rosminiano Pierluigi Giroli.

A reflexão começou com uma das quatro virtudes cardeais, que é a prudência, junto à fortaleza, temperança e justiça. Elas estão ligadas à herança da sabedoria antiga. Concentrando-se na prudência, Francisco pontua que esta não é a virtude da pessoa temerosa, sempre hesitante frente às decisões, nem é apenas cautela.

Segundo o Pontífice, “dar primazia à prudência significa que a ação do homem está nas mãos da sua inteligência e da sua liberdade”. Em seguida, acrescentou que a pessoa prudente é criativa, pois ela raciocina, avalia, tenta compreender a complexidade da situação vivida e não se deixa dominar pelas emoções.

O Santo Padre ressalta ainda que, em um mundo de aparências e superficialidades, torna-se cada vez mais necessário recuperar “a antiga lição da prudência”. Na sequência, define essa virtude como “a capacidade de governar as ações para direcioná-las para o bem”, ou seja, “prudente é aquele que é capaz de escolher”.

“Quem é prudente não escolhe ao acaso: primeiro, sabe o que quer, considera as situações, procura conselhos e, com visão ampla e liberdade interior, escolhe qual o caminho a seguir. Isso não quer dizer que não possa cometer erros, afinal continuamos sempre humanos, mas, pelo menos, evitará grandes derrapagens”, refletiu o Pontífice.

Além disso, ele enfatiza que, enquanto algumas pessoas tendem a descartar os problemas, a prudência é a qualidade de quem é chamado a governar, e “sabe que administrar é difícil, que há muitos pontos de vista e que é preciso tentar harmonizá-los, que se deve fazer o bem não a alguns, mas a todos”.

Deus quer filhos inteligentes
O Santo Padre também comenta que a prudência ensina que “o ‘ótimo’ é inimigo do ‘bom’”, ou seja, o zelo em demasia pode causar desastres em algumas situações, gerando conflitos e incompreensões e até mesmo desencadeando a violência.

“O prudente sabe preservar a memória do passado, não porque tenha medo do futuro, mas porque sabe que a tradição é um patrimônio de sabedoria. A vida é feita de uma sobreposição contínua de coisas velhas e coisas novas, e não é bom pensar sempre que o mundo começa a partir de nós, que temos de enfrentar os problemas começando do zero”, declara Francisco no texto.

Por fim, o Papa diz que “Deus não quer apenas filhos santos, ele quer filhos santos e inteligentes, porque sem a prudência é fácil seguir o caminho errado”, conclui o Pontífice.


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