A população carcerária brasileira cresceu 21% entre 2017 e 2023, segundo dados do Sistema de Informação do Departamento Penitenciário Nacional (Sisdepen). No final de 2023, mais de 852 mil pessoas cumpriam penas ou aguardavam decisão judicial, contra as 704.245 registradas há sete anos.

Houve um aumento de 0,8%, de acordo com o Sisdepen. Entre as 19 unidades da Federação em que a população carcerária subiu, o Piauí está na dianteira com uma variação de 13%. É seguido por Tocantins (8%), Goiás (7%) e Alagoas (5%). Hoje, 839,7 mil pessoas estão presas em cárceres estaduais, federais e em prisão domiciliar no país, de acordo com dados do Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais).

Pastoral Carcerária
A Igreja Católica atua diretamente nas prisões, levando ações por meio da Pastoral Carcerária. Com o lema: “Estive preso e vieste me visitar” (Mt 25, 36), que a Pastoral Carcerária (PCr), pastoral social ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), age junto às pessoas presas e suas famílias.

Com agentes presentes em todos os estados do país, a pastoral acompanha e intervém na realidade do cárcere brasileiro de forma cotidiana. Visando ser a presença de Cristo e de sua Igreja no mundo dos cárceres, caracterizado pela superlotação, condições insalubres e tortura sofrida pelas pessoas privadas de liberdade.

O trabalho é de atendimento religioso às pessoas presas, os/as agentes pastorais promovem um serviço de escuta e acolhimento, anunciam a Boa Nova, contribuem para o processo de iniciação à vida cristã e para a vivência dos Sacramentos, e atuam no enfrentamento às violações de direitos humanos e da dignidade humana que ocorrem dentro do cárcere. Assim, a evangelização concretiza-se de forma integral, seguindo as orientações da Igreja: “As profundas diferenças sociais, a extrema pobreza e a violação dos direitos humanos.