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Francisco recorda Bento XVI em livro

Que será lançado na quarta-feira, dia 3 de abril

Reprodução: Vatican News

Em seu novo livro entrevista com o título “El Sucesor”, Papa Francisco discute seu relacionamento com seu predecessor, Bento XVI. Segundo Francisco, “Bento sempre me defendeu e nunca interferiu. Era um homem de grande gentileza. Em alguns casos, as pessoas se aproveitavam dele, talvez sem maldade, e limitavam seus movimentos. Não era fraco, era forte. Mas humilde e preferia não se impor. Então, sofreu muito”, disse o Pontífice.

Com as palavras acima, Francisco recordou como o seu antecessor o ensinava, no livro escrito pelo jornalista Javier Martínez, com tradução livre: ‘O Sucessor’, que será lançado na quarta-feira, dia 3 de abril.

Relacionamento com Bento
Francisco recorda sua relação com o Papa Bento ao longo de quase dez anos de coabitação no Vaticano: “Deixou-me livre, nunca interferiu. E de uma forma muito natural, em certa ocasião me disse: ‘Olha, não entendo isso, mas a decisão está em suas mãos’. Expliquei-lhe as razões e ele ficou feliz”.

Francisco recorda também as circunstâncias da despedida de Bento XVI, que se deu numa quarta-feira, 28 de setembro de 2022, quando o viu pela última vez. “Bento estava deitado na cama. Ainda estava consciente, mas não conseguia falar. Olhou para mim, apertou minha mão, entendeu o que eu estava dizendo, mas não conseguiu articular uma palavra. Fiquei com ele assim por um tempo, olhando-o e segurando sua mão. Lembro-me de seus olhos claros. Disse-lhe algumas palavras carinhosas e o abençoei. Foi assim que nos despedimos”.

No livro, Francisco também responde a uma pergunta do jornalista sobre os livros publicados à época da morte do Papa Bento XVI. Francisco responde: “Eles me causaram muita dor: no dia do funeral foi publicado um livro que me chateou, dizendo coisas que não eram verdadeiras, tudo muito triste. Machucou-me que Bento XVI tenha sido usado. O livro foi publicado no dia do funeral e tomei aquilo como uma falta de nobreza e humanidade”.

Por fim, o Papa revela a Javier Martínez que ordenou uma revisão dos funerais papais, explicando que a vigília fúnebre de Bento XVI será a última com o corpo do Papa fora do caixão e o catafalco com almofadas. Os papas “deveriam ser vigiados e enterrados como qualquer outro filho da Igreja. Com dignidade, como qualquer cristão”


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