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“A dignidade humana é inalienável”, diz Fernández

Prefeito da Doutrina da Fé apresentou o documento “Dignitas infinita” na Sala de Imprensa do Vaticano

Reprodução: Vatican News

Da Redação, com Vatican News

O documento intitulado “Dignitas Infinita”, do Dicastério para a Doutrina da Fé, foi publicado no dia 8 de abril, após cinco anos de trabalho, com o objetivo de relançar de maneira mais direta a impactante mensagem do cristianismo. O cardeal Victor Manuel Fernández, prefeito do Dicastério, falou durante a conferência na Sala de Imprensa do Vaticano. É a primeira vez que o cardeal participa de um evento público com jornalistas de todo o mundo.

Acompanhado pelo secretário para a Doutrina da Fé, monsenhor Armando Matteo, e pela professora Paola Scarcella, docente das Universidades Tor Vergata e Lumsa, em Roma, o cardeal revelou os bastidores e os detalhes da elaboração do texto de alto valor doutrinário. No início do discurso, esclareceu algumas questões relacionadas ao texto do Vaticano que, de acordo com pesquisas externas, registrou “mais de 7 bilhões de visualizações na Internet (enquanto muitos documentos nem sequer lembramos o nome)” e obteve o consenso de mais de 75% dos italianos com menos de 35 anos.

A questão da homossexualidade foi abordada várias vezes durante a coletiva de imprensa, não tanto em relação à Fiducia Supplicans, mas à Dignitas Infinita, que pede que se evite qualquer “discriminação injusta” ou “agressão e violência” contra pessoas homossexuais, denunciando “como contrário à dignidade humana” o fato de que em alguns países há pessoas que são presas, torturadas e mortas por causa de sua orientação sexual. “Somos a favor da descriminalização! Não há dúvida sobre isso”, exclamou Fernández.

O posicionamento do Catecismo
Àqueles que apontaram que talvez o Catecismo da Igreja Católica deveria ser modificado, pois considera os atos homossexuais “intrinsecamente desordenados”, foi respondido que se considera essa uma expressão forte, necessitando muita explicação. Com isso, no entanto, reafirmou-se “a beleza do encontro entre homem e mulher que podem estar juntos e ter um relacionamento íntimo do qual nasce uma nova vida. E uma coisa não pode ser comparada com a outra.

Os atos homossexuais têm uma característica que não pode, nem de longe, refletir essa beleza”. Na mesma perspectiva, o cardeal reiterou a rejeição da teoria de gênero porque ela “empobrece a visão humanista”: “Nesse contexto, a ideia do casamento gay ou da eliminação das diferenças não parece aceitável”.

O cardeal também respondeu a algumas perguntas sobre a questão da mudança de sexo, considerada uma “tendência a querer criar a realidade” que leva os seres humanos a se sentirem “onipotentes” e a pensar “que com sua inteligência e vontade são capazes de construir tudo como se não houvesse nada antes deles”. A “gravidade” da questão “se torna especial” quando se fala de crianças submetidas a tratamento cirúrgico ou hormonal: sua liberdade deve ser primeira “esclarecida”.

Sobre a questão do aborto, recentemente aprovado na França como um direito na Constituição, Fernández afirmou que “quando uma criança está crescendo no ventre da mãe, pode ser uma mulher se desenvolvendo”, portanto, é “o direito de uma mulher contra o direito de outra mulher”. Para a Igreja, o “direito principal é o direito original: o direito à vida”.


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