Com a participação da TV Pai Eterno, evento reuniu mais de cinco mil comunicadores católicos
Com a participação de profissionais da TV Pai Eterno, o Mutirão de Comunicação 2021 foi realizado nos dias 23 e 24 de julho, e contou com importantes reflexões, espiritualidade, encontro e arte. A 12ª segunda edição do evento reuniu, virtualmente, mais de cinco mil comunicadores católicos de todo o Brasil. No encerramento, as entidades organizadoras firmaram a “Carta de Belo Horizonte – Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas”.
No documento, a Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), a Pascom Brasil, a Signis Brasil e a Rede Católica de Rádio, expressam preocupação com o tempo presente e também, oferecem caminhos para a promoção de uma verdadeira comunicação integral.
A carta reforça que os processos comunicacionais ganham cada vez mais relevância na vida social, “alçados velozmente às telas dos diversos tipos de dispositivos e plataformas”. O texto fala também dos atos de violência física e simbólica, como tentativa de opressão e apagamento das diversidades e minorias.
Para superar os problemas enfrentados pelo Brasil, sobretudo os do âmbito da comunicação, a Carta de Belo Horizonte propõe um conceito de comunicação mais amplo, que passa pela “verdadeira disposição em abrir-se ao outro, como condição essencial para um mundo mais fraterno”.
Fratelli Tutti
A carta faz uma clara referência aos alertas do Papa Francisco na encíclica Fratelli Tutti: “o diálogo social autêntico inclui a capacidade de respeitar o ponto de vista do outro, admitindo a possibilidade de que nele, contenha convicções e interesses legítimos (…). O debate público, se verdadeiramente der espaço a todos, e não manipular, nem ocultar informações, é um estímulo constante, que permite alcançar, de forma mais adequada a verdade ou, pelo menos, exprimi-la melhor”.
As organizações convocam os cristãos católicos a uma comunicação integral, como compromisso ético de atuação. “Olhar nos olhos e pelos olhos do outro, em sua diversidade e em sua condição real. Só é possível realizar esta missão, fazendo-se testemunha e produzindo testemunhos empáticos, que considerem e viabilizem o outro”, convida o texto. No documento, a Comissão organizadora reitera a confiança de que, a comunicação seja cada vez mais indutora de uma sociedade transformada, verdadeiramente livre e fraterna.
Fonte: Redação, com CNBB
Fotos: CNBB