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Desigualdade Social: extrema pobreza no Brasil bate recorde

Mais de 17 milhões de pessoas estão vivendo em estado de penúria, diz IBGE

Reprodução / freepik

A pandemia da Covid-19 fez disparar a pobreza no Brasil. Segundo dados do IBGE, 62,525 milhões de brasileiros estão abaixo da linha de pobreza. E mais de 17 milhões vivem em situação de extrema pobreza, sobrevivendo com menos de R$ 5,60 por dia.

Desde 2012, o país não havia registrado um avanço tão grande de pobreza e, sobretudo, da extrema pobreza. “O Brasil tem uma grande potencialidade, mas vive em um cenário que vai na contramão. Óbvio que o período de pandemia potencializou, mas já vínhamos há um bom tempo com esse fenômeno chamado desigualdade”, conta o Assessor da Pastoral para a Ação Sociotransformadora da CNBB, Frei Olávio Dotto, OFM.

O estudo do IBGE lembra que, em 2020, o número de pessoas em situação de vulnerabilidade havia diminuído, em função dos programas emergenciais de transferência de renda à população carente. Entretanto, entre 2020 e 2021, houve um aumento recorde.

“De um lado, temos o aumento da riqueza de alguns. Do outro lado, temos a pobreza de tantos. No meio, temos a falta de políticas públicas fortes como: emprego, agricultura familiar, grupos organizados que gerem renda, economia solidária, educação, saúde, e programas de ajuda voltados para os mais necessitados”, conta o Frei.

Devido à atual realidade do Brasil, a perspectiva é que os próximos anos devam ser de projetos de médio a longo prazo, para reestruturar melhor a economia do país, segundo o assessor. Mas a fome não espera, e muitos estão nessa situação. Sendo necessária uma medida emergencial para o próximo governo que se inicia em janeiro de 2023.

Em comunhão com as ações sociais que levam conforto aos mais necessitados, está a igreja. Essa, juntamente com as paróquias, dioceses e sociedade civil atuam diretamente para tentar sanar a fome emergencial. Além de manter uma vigilância no governo em prol da execução das medidas cabíveis aos desprovidos.

As ações devem ser como as que Jesus Cristo ensinou, colocando o ser humano como o centro nos cuidados. Essa é uma missão que não compete apenas a Igreja, mas sim compartilhada com o estado no sentido de cuidar de cada vida.

Mais vulneráveis

A pesquisa do IBGE mostra também quais as parcelas da população são mais atingidas pelo problema da insuficiência de renda. A proporção de pretos e pardos abaixo da linha de pobreza (37,7%) é praticamente o dobro da proporção de brancos (18,6%). O percentual de jovens de 15 a 29 anos pobres (33,2%) é o triplo dos idosos (10,4%). E cerca de 62,8% das pessoas que, em 2021, viviam em domicílios chefiados por mulheres sem cônjuge e com filhos menores de 14 anos, estavam abaixo da linha de pobreza.


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