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Papa Francisco: não se deixe deslumbrar por falsas notícias

“Adoremos a Deus e não o nosso eu”, Francisco

Reprodução / Vatican Media

Durante a Missa da Solenidade da Epifania do Senhor nesta sexta-feira (6) na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o Santo Padre pediu para imitar os Magos para adorar “a Deus e não o nosso eu” e alertou contra os “falsos ídolos” que deslumbram com o fascínio das notícias falsas.

“Hoje o Senhor convida-nos a fazer como os Magos: como os Magos, prostremo-nos, rendamo-nos a Deus na maravilha da adoração. Adoremos a Deus e não o nosso eu; adoremos a Deus e não os falsos ídolos que nos seduzem com o fascínio do prestígio e do poder, com o fascínio das falsas notícias; adoremos a Deus para não nos prostrarmos diante das coisas que passam e das lógicas sedutoras, mas vazias, do mal”, disse o Papa Francisco.

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Como é tradição todos os anos, depois do Evangelho, foi feito o anúncio do dia da Páscoa. “O centro de todo o ano litúrgico é o Tríduo do Senhor crucificado, sepultado e ressuscitado”.

A Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma, será 22 de fevereiro; a Ascensão do Senhor, em 18 de maio; Pentecostes, 28 de maio; e primeiro domingo do Advento, 3 de dezembro.

Depois, em sua homilia, o papa convidou a refletir sobre o episódio da Epifania do Senhor que descreve “Jesus, como uma estrela que se levanta, vem iluminar todos os povos e clarear as noites da humanidade”.

“Com os Magos, erguendo o olhar para o céu, hoje também nós nos perguntamos: «Onde está aquele que acaba de nascer?» (Mt 2, 2). Por outras palavras, qual é o lugar onde podemos procurar e encontrar o Senhor de todos nós?”, disse o papa.

Francisco falou de três “lugares” onde podemos encontrar Deus. O primeiro lugar “onde Ele quer ser procurado é na inquietação que se interroga”, o segundo “no risco do caminho” e o terceiro é o “maravilha da adoração”.

“A aventura fascinante destes sábios do Oriente ensina-nos que a fé não nasce dos nossos méritos nem de raciocínios teóricos, mas é dom de Deus. A sua graça ajuda-nos a despertar da apatia e a dar espaço às perguntas importantes da vida, perguntas que nos fazem sair da presunção de ter tudo em ordem, abrindo-nos para aquilo que nos supera”, disse.

Para o papa, “o caminho da fé tem início quando damos espaço, com a graça de Deus, à inquietude que nos mantém acordados; quando nos deixamos interrogar, quando não nos contentamos com a tranquilidade dos nossos hábitos, mas envolvemo-nos nos desafios de cada dia”.

“Nesses momentos, levantam-se do nosso coração as perguntas irreprimíveis que nos abrem à busca de Deus: Para mim, onde está a felicidade? Onde está a vida plena a que aspiro? Onde está aquele amor que não passa, não conhece ocaso, não se rompe nem mesmo diante de fragilidades, fracassos e traições? Quais são as oportunidades escondidas dentro das minhas crises e tribulações?”

“Tudo nasce e tudo culmina aqui, porque o fim de cada coisa não é alcançar uma meta pessoal e receber glória para si mesmo, mas encontrar Deus e deixar-se abraçar pelo seu amor, que dá fundamento à nossa esperança, liberta-nos do mal, abre-nos ao amor pelos outros, torna-nos pessoas capazes de construir um mundo mais justo e mais fraterno”, disse.

O Papa Francisco convidou: “abramos o coração à inquietude, peçamos a coragem para avançar no caminho e terminemos na adoração”.

“Não tenhamos medo! É o percurso dos Magos; é o percurso de todos os santos da história: acolher as inquietudes, pôr-se a caminho e adorar… Então descobriremos a existência duma luz que ilumina mesmo as noites mais escuras: é Jesus. Ele é a estrela resplandecente da manhã, o sol de justiça, o fulgor misericordioso de Deus, que ama todo o homem nos vários povos da terra”, concluiu o Papa Francisco.


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