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O número de pessoas que tiveram o cartão clonado em 2022 aumentou cerca de 64%, de acordo com levantamento da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN). Em dezembro de 2021, o índice era de 48%. De acordo com a gerente da Serasa, Ana Clara Aguiar, a clonagem pode ocorrer de duas formas, “ao utilizar o cartão físico, sendo clonado durante o uso. A outra forma é a clonagem digital”.

As informações são compartilhadas na internet no momento de uma compra online, no clique de um link malicioso ou em um cadastro em site fraudulento. E, às vezes, a própria vítima passa os dados para o criminoso pelo WhatsApp, achando que é um vendedor ou representante de um banco.

Para descobrir se o cartão foi clonado é preciso ficar atento à fatura. Na maioria das vezes, as compras são parceladas e os valores pequenos, levando a vítima a pagar e nem perceber que a compra não foi realizada por ela. Para prevenir, além da fatura, também tem que ficar de olho quando a compra é com o cartão físico. Sempre conferir o valor na maquininha e na notinha impressa.

Segundo Ana Clara, ao usar o cartão a pessoa deve ficar atenta se o cartão devolvido é mesmo o seu. Pois existe também o golpe de troca de cartão, levando a vítima perceber só depois. Para o uso digital, a gerente explica que é importante “verificar onde se insere os dados, vendo a procedência do site para não cair em um falso”.

Para quem teve o cartão clonado, a delegada de crimes cibernéticos, Marcella Orçai, explica que o primeiro passo é “comunicar a instituição financeira mantenedora do cartão, caso não consiga realizar o bloqueio por meio do aplicativo. Posteriormente, procurar uma delegacia e registrar o Boletim de Ocorrência do fato”, informa a delegada.