Especial

Bioética e vulnerabilidade social

Ações sociotransformadoras são desenvolvidas para reduzir a desigualdade

O mundo enfrenta muitos problemas, desde guerras, desigualdade social e miséria. Na contramão disso, a Igreja busca um mundo onde a vida seja prioridade. Onde as pessoas mais vulneráveis estejam sob o olhar atento de governo e instituições que as protejam. Visando sempre um planeta mais pacífico, com líderes conscientes que busquem no diálogo as soluções para a sociedade.

Muitos estudos são desenvolvidos pela Igreja para dirimir a desigualdade social. Atuante no comunitário, o missionário redentorista irmão Jorge Tarachuque, fez abordagens na área de bioética com pesquisas de campo sobre a vulnerabilidade da população de rua na cidade de Curitiba, no Paraná. De acordo com o irmão, “a vulnerabilidade é local e global, agravada pelo capitalismo”.

Nos últimos anos, o Brasil registrou um declínio no cuidado com as pessoas mais vulneráveis, especialmente em função da pandemia da Covid-19. “Nos últimos tempos, com a fragilização das políticas públicas na área social, os povos indígenas, a população vulnerável e em situação de rua ficaram desamparados”, conta Jorge.

Agora, cabe uma reafirmação dos direitos das populações vulneráveis. Para reafirmar os direitos das pessoas. Visto que o Brasil chegou em um ponto crítico, onde 33 milhões de pessoas estão em situação de fome.

Ações da Pastoral do Povo de Rua

Irmão Jorge atuou durante muito tempo na Pastoral do Povo de Rua da arquidiocese de Curitiba. Em 2012, ele iniciou um mestrado e decidiu unir o tema de estudo com as ações desenvolvidas na pastoral. “De forma embrionária, comecei a estudar a situação das pessoas há mais de um ano vivendo nas ruas de Curitiba. O que me levou a ter um conhecimento riquíssimo da sobrevivência na rua e, ao mesmo tempo, da espiritualidade, fraternidade, solidariedade e valores que permeiam nesta população que é invisibilizada pela sociedade”, explica o missionário.

Durante os estudos do missionário, ele identificou que a maioria das pessoas em situação de rua se sentiam invisíveis. Para reduzir essa situação, a pastoral tem como foco olhar nos olhos e ouvir os mais necessitados. Estando junto em presença ao povo da rua e dos lixões e reconhecer os sinais de Deus presentes na sua história e desenvolver ações que transformem a situação de exclusão em projetos de vida para todos.


Deixe o seu Comentário


Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site, e podem passar por moderação.

TV Pai Eterno

Baixe o aplicativo Pai Eterno


Google Play
App Store
© Copyright, Afipe - Associação Filhos do Pai Eterno