Reprodução: arquivo pessoal

Câmeras de segurança ajudaram na identificação do suspeito de enviar um bilhete ameaçando o padre Júlio Lancellotti. O homem de 72 anos, cujo nome não foi divulgado, afirmou em depoimento à polícia que não desejava fazer nenhum mal contra o religioso.

O bilhete foi deixado no domingo (27), na porta da Igreja São Miguel Arcanjo, localizada no Bairro da Mooca, na Zona Leste da capital paulista. O texto conta com ofensas, palavrões e ameaças contra o padre. A polícia informou que o religioso tem um prazo de até seis meses para representar criminalmente o suspeito, mas até o momento Padre Júlio Lancellotti não informou qual atitude será tomada.

De acordo com o Código Penal Brasileiro, no artigo 140, a injúria é considerada um crime, com pena de detenção de um a três meses, além do pagamento de multa. No entanto, se a injúria estiver relacionada à religião, a pena é alterada. Nesse caso, a pena pode variar de um a três anos de reclusão, além do pagamento de multas.

Padre Júlio Lancellotti além de pároco da Igreja São Miguel Arcanjo é o coordenador da Pastoral de Rua da Arquidiocese de São Paulo. Ele é defensor dos Direitos Humanos das pessoas em situação de rua e também da acolhida dessa população. Por conta dos feitos, uma Lei Federal foi instituída em dezembro de 2022, a Lei 14.889 é conhecida como lei padre Júlio Lancellotti que proíbe a construção de uma arquitetura hostil em locais públicos.