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Papa pede escuta e discernimento à Cúria

Francisco se reuniu com os cardeais para os votos de Natal e falou sobre o desafio de transmitir paixão a quem já a perdeu

Reprodução: Vatican News

Da Redação, com Vatican News

Na manhã desta quinta-feira (21), Papa Francisco se reuniu com os cardeais para os votos de Natal na Sala das Bênçãos, no Vaticano. Momento em que afirmou para os religiosos que a dificuldade hoje é transmitir paixão a quem já há muito tempo a perdeu.

Segundo o Pontífice, “à distância de sessenta anos do Concílio, ainda se debate sobre a divisão entre progressistas e conservadores, e esta não é a diferença. A verdadeira diferença central está entre apaixonados e habituados. Esta é a diferença. Só quem ama pode caminhar”.

Durante o encontro, o Papa frisou os verbos: escutar, discernir e caminhar. “Em um tempo ainda marcado tristemente pelas violências da guerra, pelas alterações climáticas, pela pobreza e pela fome, sempre precisamos ouvir e receber o anúncio de que ‘Deus vem’”, disse Francisco.

Escutar como Maria
O Pontífice destacou que se deve escutar como Maria. A jovem de Nazaré deu ouvidos ao anúncio do Anjo e abriu o coração ao projeto de Deus. Escutar é um verbo bíblico que não diz respeito apenas ao ouvido, mas requer o envolvimento do coração e consequentemente da própria vida. E não só: Maria compreende que é destinatária de um dom inestimável e, com humildade e maravilha, coloca-se à escuta.

A escuta mútua leva ao segundo verbo: discernir. Francisco desenvolve a partir de João Batista. Jesus não era como ele O esperava e por isso o próprio Precursor deve converter-se à novidade do Reino, deve ter a humildade e a coragem de fazer discernimento. Assim, “o discernimento é importante para todos, para não cair na pretensão de já saber tudo, repetindo simplesmente esquemas, sem considerar que o Mistério de Deus sempre nos supera e que a vida das pessoas e a realidade que nos rodeia são e sempre permanecerão superiores às ideias e teorias. A vida é superior às ideias, sempre”, pontua o Santo Padre.

Por fim, a terceira palavra: caminhar, inspirado pelo movimento dos Magos. “A alegria do Evangelho desencadeia em nós o impulso do seguimento, provocando um verdadeiro êxodo de nós mesmos e encaminhando-nos para o encontro com o Senhor. A fé cristã, não pretende confirmar as nossas seguranças. Pelo contrário, coloca-nos em viagem”, finaliza Francisco.

 


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