O Dia Internacional de luta pela eliminação da Discriminação Racial é celebrado nesta quinta-feira (21), foi instituído pela Lei n° 11.645. A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou, em 1966, a data em memória ao massacre de Sharpeville, em Joanesburgo, na África do Sul, em 1960. Nesse mesmo ano, mais de 20 mil pessoas, das mais diversas comunidades negras africanas, avançavam em protesto contra a Lei da Posse, criada pelo Partido Nacional, como ferramenta de luta contra o racismo durante o Apartheid.

Segundo o diretor-executivo da Educafro Brasil e frei da Ordem dos Frades Menores, David Santos, “no Brasil se discute o racismo estrutural antinegro devido aos mais de 400 anos de escravidão e tantos outros de exclusão do povo negro na consciência coletiva da sociedade”, explica o frei, que declara que o menosprezo ao povo negro precisa ser enfrentado por todos.

É um chamamento da Igreja, para que todos os cristãos sejam mais fraternos com o próximo. Papa Francisco já refletiu sobre o tema: “o racismo é um vírus que se transforma facilmente e, em vez de desaparecer, se esconde, mas está sempre à espreita. As manifestações de racismo renovam em nós a vergonha, demonstrando que os progressos da sociedade não estão assegurados de uma vez por todas”.

Diante de tanta dor e retrocesso, só haverá futuro com ações fraternas e gestos concretos por parte de todos os cristãos. São pequenos gestos em sua comunidade que geram grandes transformações no mundo.