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“Fazer escolhas ousadas com base no Evangelho”, diz Papa às Carmelitas

Religiosas se reúnem para a revisão de suas constituições

Reprodução: Vatican News

Da Redação, com Vatican News

Nesta quinta-feira (18), o Papa Francisco recebeu em audiência no Vaticano, as superioras e delegadas das Carmelitas Descalças que estão reunidas para refletir e trabalhar juntas na revisão de suas constituições. Em seu discurso, o Pontífice manifestou satisfação em encontrá-las e disse que este é para elas um tempo do Espírito, no qual são chamadas a viver como uma ocasião de oração e discernimento.

“Abertas ao que o Espírito Santo deseja lhes sugerir, a fim encontrar novas linguagens, novos caminhos e novos instrumentos que deem maior entusiasmo à vida contemplativa que o Senhor as chamou a abraçar, para que o carisma seja preservado e possa ser compreendido e atrair muitos corações para a glória de Deus e o bem da Igreja”, enfatizou.

O Santo Padre também salientou sobre sua experiência ao revisar as constituições das irmãs Carmelitas. “De fato, vocês me ensinam que a vocação contemplativa não leva a guardar as cinzas, mas a alimentar um fogo que arde de maneira sempre nova e pode aquecer a Igreja e o mundo. Por isso, a memória da história de vocês e de tudo o que as Constituições recolheram ao longo dos anos é uma riqueza que deve permanecer aberta às sugestões do Espírito Santo, à perene novidade do Evangelho, aos sinais que o Senhor nos dá através da vida e dos desafios humanos. Assim, se preserva um carisma. Ele não muda, escuta e se abre ao que o Senhor quer em cada momento”, destacou.

Francisco ressaltou que a vida contemplativa continua fornecendo a luz interior para o discernimento. “Esta luz é a esperança do Evangelho. “A esperança do Evangelho é diferente das ilusões fundadas em cálculos humanos. Significa abandonar-se em Deus, aprender a ler os sinais que Ele nos dá para discernir o futuro, saber tomar alguma decisão ousada e arriscada, mesmo quando a meta para a qual ela nos conduzirá permanece oculta naquele momento. É, sobretudo, não confiar apenas nas estratégias humanas, nas estratégias defensivas quando se trata de refletir sobre um mosteiro que deve ser salvo ou abandonado, sobre formas de vida comunitária, ou sobre vocações”, disse.

O Papa encerrou seu discurso, convidando as Carmelitas Descalças a olhar para o futuro. “Olhem para o futuro com esperança evangélica e com os pés descalços, ou seja, com a liberdade do abandono em Deus. Olhem para o futuro com as raízes no passado”, concluiu.


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