Evangelização

Tríduo Pascal: dias que antecedem a ressurreição de Jesus Cristo

Tido como o ponto alto da Semana Santa, o Tríduo tem início nesta Quinta-feira Santa, à tarde.

A Igreja Católica vivencia a maior semana do Cristianismo, momento em que cristãos católicos celebram o Mistério da Salvação, a Páscoa de Nosso Senhor Jesus. O ponto alto da Semana Santa é o Tríduo Pascal, marcado por dias de reflexão, quando os fiéis católicos participam do regresso de Cristo ao Pai por meio da Sua Paixão, Morte e Ressurreição.

De acordo com Pe. João Paulo Santos de Souza, Missionário Redentorista, o Tríduo Pascal começou a ser celebrado desde muito cedo na vida da Igreja. “Os padres, na vida da Igreja, têm grandes ensinamentos sobre isso.  Foi organizado de modo mais sistematizado com a Reforma Litúrgica, no ano 55, mas na vida da Igreja sempre foi celebrado o Tríduo Pascal como este momento de expressão forte da fé cristã”, afirma o padre.

Os três dias formam uma só celebração, que resume todo Mistério da Páscoa. Por isso, segundo o Missionário Redentorista, nas celebrações de Quinta-feira Santa e Sexta-feira da Paixão, não se dá a bênção final. Ela só será dada no fim da Vigília Pascal, porém, cada dia tem uma representação. “O início do Tríduo Pascal é com a Quinta-feira Santa, na parte da tarde. Nesta celebração, nós temos dois eventos: Jesus às Vésperas da Sua Paixão senta-se para celebrar a Última Ceia, a ceia de despedida com Seus discípulos, onde Ele dá os ensinamentos mais importantes para aqueles que devem continuar a Sua missão depois. E ao celebrar a Ceia Pascal e a instituição da Eucaristia, Ele realiza um gesto, que é o gesto Lava-Pés, que nos ensina a compreender que a Eucaristia não tem sentido a não ser pelo serviço aos irmãos. Portanto, celebrar a Eucaristia e o amor ao próximo são duas coisas que caminham juntas”, pontua o Pe. João Paulo.

Já na Sexta-feira Santa, a Igreja contempla o Mistério do grande amor do Pai pelos homens. O silêncio, a oração e a reflexão da Palavra de Deus marcam o dia.  Nesta data não há missa, mas uma celebração pela Paixão e Morte de Jesus.  “Na Sexta-feira da Paixão, Jesus entra em Jerusalém e sofre todo o seu processo de condenação e morte na cruz. Portanto, na Sexta-feira Santa temos este momento do silêncio profundo, porque contemplamos a entrega do Filho amado de Deus para a nossa salvação”, ressalta o sacerdote.

O terceiro momento é o Sábado Santo, em que a Igreja medita e reflete Jesus morto. Durante o dia não há missa, batizado, casamento ou qualquer celebração de Sacramento. Mas, isso não significa que seja um dia vazio, mas sim, um momento de espera na oração e no jejum: a Ressurreição de Jesus. “Sábado Santo, durante o dia, ainda é momento de silêncio, muitas pessoas ainda confundem, porque pensam que no sábado de manhã já podem começar a fazer barulho. Tanto que no Sábado Santo nós recordamos, sobretudo, Nossa Senhora, porque é a figura do silêncio. Celebramos as dores de Maria. À noite, sim, é o momento de cantar aleluia, é o momento de celebrar, pois Jesus venceu a morte”, afirma Pe. João Paulo.

Na noite do Sábado Santo acontece a Vigília Pascal, em que os cristãos de unem para viver o momento central da fé: a Ressurreição de Cristo. Exaltar a cruz só faz sentido se viver a certeza deste momento. De acordo com o padre, a missa é dividida em: Celebração da Luz, Liturgia da Palavra, Liturgia Batismal e Liturgia Eucarística. “A Vigília Pascal é considerada como a Vigília Mãe de todas as vigílias, ou a celebração de onde emanam todas as outras celebrações da Igreja, porque o centro da fé cristã é a ressurreição. No Sábado Santo nós celebramos isso com ouvidos atentos, corações abertos, que acolhem esta mensagem de alegria da Ressurreição de Cristo. É a partir disso que a Igreja organiza todas as outras celebrações. Por isso, é a mãe de todas as outras vigílias”.

O Tríduo Pascal termina com as vésperas do Domingo da Ressurreição. A celebração deste período litúrgico garante aos filhos e filhas do Divino Pai Eterno a lembrança profunda dos fundamentos da fé cristã. Jesus Cristo morreu e ressuscitou para livrar cada um do pecado. Para vivenciar esses dias, os católicos precisam entender o significado e viver de forma profunda cada um desses momentos. “Muitos acabam vivendo esses dias como expectadores e essa não é a postura dos cristãos. O Mistério Pascal deve ser celebrado como memorial e devemos atualizar aqueles eventos daquele tempo no hoje da nossa vida. Nós devemos vivenciar de novo o Mistério Pascal, porque também há em nós situações de morte e há situações que precisam ser ressuscitadas. Então, em Cristo Jesus, nós devemos também viver essa experiência de morte e ressurreição”, conclui o padre.

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