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Outubro: Mês das Missões

Pe. Ney Antônio fala sobre suas experiências e desafios durante a vida missionária.

DESTAQUE_ENTREVISTA_2014_10_13Outubro é o Mês das Missões e toda a Igreja se volta para o serviço missionário e homenageia os que se dedicam à evangelização. Para abordar o assunto, o Programa Pai Eterno desta segunda-feira, 13, exibiu entrevista com o Pe. Ney Antônio Barreto Ribeiro, que falou sobre sua vida missionária, citou desafios encontrados e contou uma história especial que carrega na lembrança. (Assista ao vídeo abaixo)

Talíta Carvalho: Por que outubro é o mês dedicado à celebração das missões?

Pe. Ney Antônio: Temos grandes missionários celebrados no mês de outubro, que todo o mundo acata e gosta de celebrar, como Santa Teresinha do Menino Jesus, que é a padroeira das missões. Embora tenha vivido uma vida de reclusões dentro do Carmelo, ela foi escolhida pelo Papa pelas orações e pelo interesse de propagar o Reino de Deus como padroeira das missões. E também há um motivo pedagógico da Igreja, de poder colocar nos diversos meses do ano uma dedicação a cada mês, para que nós possamos então, de modo mais intenso, rezar pelas missões e pedir ao Pai Eterno que mais e mais nos ajude a propagá-las.

Talíta Carvalho: Padre, já são muitos anos de atividades nessa vida missionária. Conta para gente um pouco da sua experiência enquanto missionário.

Pe. Ney Antônio: Ordenado padre, eu já tinha essa intenção de ir para as regiões mais carentes, mais distantes. De fato, quando fui ordenado trabalhei bastante na chamada Prelazia de Rubiataba, que foi entregue aos redentoristas, o bispo também era redentorista. Era um lugar distante, pois não tínhamos estrada e a nossa Congregação de Goiás começou um trabalho muito especial que durou mais de 30 anos. Depois foi na Prelazia de Coari, no Amazonas, eu me encantei com o Amazonas, toda aquela natureza abundante, bonita, os rios. Então, nós ficávamos uma semana, quinze dias, chegamos a ficar mais de um mês levando a Palavra de Deus de modo muito bonito.

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Talíta Carvalho: Quais sãos os desafios que um missionário enfrenta?

Pe. Ney Antônio: A primeira coisa que um missionário deve ter seguindo Jesus é essa disposição, brotando de um esvaziamento para não ficar vivendo egoísmos e sonhos que não cabem à missão, podendo ter a liberdade toda de anunciar Jesus, a presença Dele, de modo que nós podemos sumir como dizia João Batista: “Eu venho anunciar a Ele”. Anunciamos a Ele e nós vamos desaparecendo pouco a pouco.

Talíta Carvalho: Padre, o senhor já passou por vários lugares. Nessas viagens teve alguma história de conversão que o senhor lembre e que já te emocionou e ficou marcada?

Pe. Ney Antônio: Um dia, nós estávamos em uma comunidade, em um barranco muito alto, me lembro direitinho, era uma comunidade caminhante, e estávamos refletindo sobre o perdão, que é muito importante para nós. Depois que tudo acabou, ficaram um pouco em silêncio e um senhor levantou-se e se dirigiu a um outro homem, do outro lado da roda que nós estávamos conversando. Chegou bem pertinho e o outro se levantou e sem falar nada se abraçaram longamente. Ficamos sabendo o porquê depois: há mais de 30 anos, embora morassem relativamente perto, eles mantiveram uma ojeriza, uma raiva, um ódio muito grande um do outro; e aquele dia, com a graça de Deus, meditando no perdão, os dois se abraçaram e começaram a viver intensamente a amizade.

O Programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 7h45, com reapresentação às 10h45. Você pode acompanhar todas as edições pelo Canal Pai Eterno, no YouTube, e também assistir pelo portal paieterno.com.br, na página do Programa Pai Eterno.

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