Membro da comissão de liturgia da CNBB fala sobre os cantos e a regionalidade, durante as celebrações.
Na semana passada, o quadro “Você Sabia?”, exibido no Programa Pai Eterno, falou sobre os cantos litúrgicos da Igreja, de acordo com os Tempos Litúrgicos. Na edição desta quinta-feira, 21, o tema voltou a ser abordado, mas com ênfase no conceito e composição das canções. (Assista ao vídeo abaixo)
José Reinaldo Martins Filho, membro da comissão de liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), explicou que a música litúrgica precisa é composta por três aspectos. “O primeiro é a sintonia ritual, ou seja, o canto tem que estar em sintonia com o rito ao qual se destina. Sendo assim, constituindo o próprio rito, como o ‘Glória’, o ‘Santo’ ou o ‘Aleluia’; ou acompanhando um rito, como no caso da procissão de entrada, de oferendas e outros. A segunda característica é que a música deve estar em sintonia com a Palavra de Deus. É necessário escutar o que o texto diz, entender o que ele diz, e ainda como ele é cantado pela melodia, de maneira que a música litúrgica tem que ter um fundamento bíblico. Em terceiro lugar, a música deve realçar o caráter comunitário da celebração. A celebração litúrgica é uma ação da Igreja e, por isso, uma ação comunitária e não individual.
E completou: “Devem-se portanto ser evitados textos exortativos, catequéticos e de ideologias; e enfatizar a comunidade que se reúne ao redor do altar, para a celebração presidida pelo ministro ordenado para celebrar o louvor de Deus e, por meio desse louvor, se santificar”.
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Sobre a regionalidade, José Reinaldo afirmou que os cantos são adequados conforme o costume e maneira de cada cidade ou estado: “Nós podemos assumir características estéticas da música regional nas composições litúrgicas, e isso tem acontecido. A CNBB tem pensado um repertório litúrgico de caráter regional, pois o gaúcho canta à sua maneira, que não é a maneira do nordestino ou do goiano, por exemplo. Essas diferentes nuances e acentos culturais devem ser respeitados também na música litúrgica e nas celebrações, sobretudo porque a liturgia não é outra coisa além da celebração da nossa vida na vida de Cristo, e assim ela é autêntica, verdadeira”.
O Programa vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 7h45, com reapresentação às 10h45. Você pode acompanhar todas as edições pelo Canal Pai Eterno, no YouTube, e também assistir pelo portal paieterno.com.br, na página do Programa Pai Eterno.