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Gentileza online: Você é gentil com quem está do outro lado?

Lembre-se! Educação e respeito cabem em qualquer lugar e, tornam tudo muito mais fácil.

Antônio Netto, especialista em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais.

“A internet já foi terra de ninguém. Hoje em dia isso tem mudado!”, a afirmação é do especialista em Comunicação e Marketing em Mídias Digitais, Antônio Netto. E ele completa: “É como se a internet dissesse: ‘Ok! Você tem voz, mas é preciso ter limites!’, ou seja, não se pode falar o que pensa de uma forma agressiva, vexatória”. Em tempos de grande modernização, em que a comunicação online dominou as relações, é comum que as pessoas priorizem o contato por traz de uma tela de celular ou computador pela facilidade e agilidade que eles proporcionam. Mas até que ponto essa proximidade online e distância física são positivas? Isso faz com que as pessoas tenham mais coragem de dizer o que pensam, ou dizer o que não diriam pessoalmente?

Segundo Antônio Netto, com a chegada das novas tecnologias, evolução da internet e do acesso aos dispositivos móveis, aconteceram duas grandes mudanças: uma técnica e outra cultural. “Técnica no sentido de que as pessoas passaram a ter acesso aos equipamentos, conexão e rede de dados móveis. E a questão cultural é que esta tecnologia permitiu que o público ganhasse voz, poder de opinião. Se antes, frente aos meios de comunicação, como televisão, rádio e impresso, nós não tínhamos voz como consumidores dessa informação, era um caminho unilateral; agora nós estamos vendo um caminho de vai e volta. Na mesma medida em que a empresa fala com o público na internet, o público fala com a empresa. Claro que esta mudança cultural trouxe alguns extremos, como a questão do público, às vezes, ser exacerbado em suas opiniões, escrever o que pensa, e, às vezes, escrever agressões, não ter paciência, não ser respeitoso”, pontua o especialista.

As redes sociais e sites de empresas, por exemplo, são canais de comunicação com o consumidor, o cliente, que nem sempre é educado, ao fazer uma solicitação, reclamação ou sugestão. “Estamos vendo um cenário de muito extremo, mas também já começamos a ver dentro deste mesmo cenário algumas mudanças. Pessoas que se sintam caluniadas já se movimentam para abrir processos, por exemplo. Então, temos um contra movimento. Eu como profissional em comunicação, na área de mídias digitais, costumo dizer que as empresas também tiveram que aprender e se readequar completamente neste novo cenário. As empresas estavam acostumadas a falar para o público escutar, sem se preocupar com o retorno, e, quando esse retorno vinha, era em um atendimento no SAC, ou de uma reclamação do Procon. Enfim, agora, as empresas passaram a entender que a internet é a rede do público e que elas têm que ‘pedir licença’ para conversar, para fazer sua publicidade. Eu digo que as empresas têm que saber se relacionar com o público, comunicar com o público”,

Em relação ao conteúdo produzido, o especialista afirma que as pessoas não querem suas redes sociais transformadas em classificados. “Isso pode até gerar mais insatisfação, chateação e comentários negativos para um cenário contrário. As empresas têm que falar uma linguagem mais próxima do seu público, trazer conteúdos criativos, que gerem engajamento, que tragam este cenário de mudança cultural, participação do público. Então, a empresa que consegue fazer isso de uma forma positiva é uma empresa que vai saber lidar com as redes sociais. Até porque a mesma força que o público tem para falar mal, tem também para falar bem”, ressalta Antônio Netto.

Como estabelecer uma relação positiva e respeitosa?

Germana Morais, psicóloga, especialista em Psicanálise.

A tradicional expressão “Política da boa vizinhança”, cai bem aqui. De acordo com a psicóloga, especialista em Psicanálise, Germana Morais, o “ciberespaço” pode nos trazer muitos pontos positivos, assim como, negativos. “Por ser um campo tão aberto e acessível, as pessoas postam nas redes sociais o que consideram o seu melhor, assim como são capazes, diante de perfis falsos ou não, de expressar o lado mais preconceituoso e agressivo de seu ser. Os usuários não têm medo de se arriscar, vivem suas ‘fantasias’ que não se permitiriam viver na vida real. Estas pessoas sentem-se mais desinibidas, buscando as experiências sem se preocuparem com a responsabilidade e consequências, justamente por sentirem essa sensação de anonimato e privacidade. As redes sociais servem como evasão e podem ser escape de vidas monótonas, fuga de sentimentos de angústias e tristezas”, explica.

Portanto, o conselho é: aproveitemos o espaço online para termos boas relações, seja entre pessoas, empresas e clientes, ou em qualquer tipo de relacionamento. Utilize-o para expressar sua opinião e/ou fazer solicitações de serviços com sabedoria e respeito ao próximo, mesmo que ele esteja atrás de uma tela de dispositivo online. Lembre-se que educação e respeito cabem em qualquer lugar e tornam tudo muito mais fácil.

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